N ão me cortem já o texto por falar numa pessoa. Eu tenho que me enquadrar para dizer isto, não sou do PSD, gostei que o Manuel António tivesse vindo para as internas, mesmo em tempo recorde e circunstâncias nojentas, gostei da postura dos elementos da jota, enalteço o custo pessoal que alguns tiveram nas suas carreiras ... só por participar em democracia, do seu partido! A raiva era por não contarem aparecer alguém e ser um passeio. Eu não sabia que um cargo de confiança política no Governo Regional, algo do foro profissional, estivesse intimamente ligado a eleições partidárias. Eu tenho que fazer o meu papel para salientar a autocracia.
Mas, o António Trindade agora é livre, imagino como respira melhor, não sente peso, não sente culpa, um alívio. Enquanto isso a sua superiora já está em mais uma guerra, as Ginjas, porque ainda está "on" com o regime.
Mas o impressionante disto, e não estou a gozar, é elementos do PSD sentirem na pele o que o seu partido faz a muita gente noutras contendas eleitorais. Oposição e do próprio partido (mas estes a sofrer calados). O Problema é que a democracia deveria fornecer elementos para fazer uma perna como deputados ou membros do governo e depois retornar à sua profissão. O problema é que se instalaram na profissão "político" que está sujeito a eleições de 4 em 4 anos, ou até menos. Por esta razão a democracia funciona como se lhes pertencesse, porque a democracia "rouba-lhes". Que tristeza. Quem faz da política profissão é que cria estes ambientes, mas também quem suporta negócios, é por isso que a participação democrática se torna Delito como a Opinião... para muitos. Cabeças envenenadas.
"Ser livre representa ousadia e tem um preço", é verdade, agora uns têm ganha-pão seco, olha o papo-seco, mas outros nem seco, nem uma oportunidade, todas as portas se fecham. A necessidade do 25 de abril provém da ditadura de extrema-direita, e agora nos nossos dias, a social-democracia é fornecedora de militantes da Extrema-Direita. Sente-se tão à vontade entre iguais que o Presidente do PSD Madeira diz descaradamente que quer coligação com o Chega.
A grande verdade é esta, e o PSD-M está cheio de exemplo, inclusive o madeirense de primeira, têm um tacho ou emprego em vista, um rendimento, uma benesse, uma concessão, certezas em negócios, ambições para serem satisfeitas, o proveito que for, a malta fica cega, calada e assina por baixo a "execução" dos outros. Quando estão mal, dão razão àqueles que são oposição, de outra cor ou da mesma.
O António Trindade ainda tem um pormenor, está com um estatuto que, se lhe voltarem a molestar, o PSD vai levar forte e feio, tenho a certeza, até mesmo da oposição (porque sentiram na pele). Tem o estatuto de mártir do partido. O pormenor é que ainda pode falar e dar a cara, há milhares que não podem, será com certeza a próxima descoberta, uns quietos, outros se calhar escrevem para o CM.
Essa questão não é uma questão individual, não é a questão de as pessoas terem ou não aquela função, mas sim de nós, de certo modo, contribuirmos enquanto sociedade para que as coisas sejam melhores (...) caberá aos partidos políticos também entenderem de que forma é que alguns sinais que se dá à sociedade, do ponto de vista dos valores, das atitudes, comprometem também a opinião pública sobre os partidos políticos. (...) algumas individualidades de partidos políticos diferenciados (...) muitas vezes, ser livre representa ousadia e tem um preço (...) Este ato é um caminho. Nós verificamos que este apelo resultou. As pessoas estão aqui convictas. E obviamente que poderá haver outras iniciativas, consequentes destas, no sentido de aproximar mais os cidadãos da participação na cidadania ativa. António Trindade (link)
Eu tinha que terminar, dizendo força António Trindade, estás entre a maioria dos madeirenses, que votam e se abstêm. Cada um escolhe a forma de tornar a sua Opinião pública, mas OPINIÃO PÚBLICA sempre, sobretudo agora com todos os canais curto-circuitados. Essa já descobriste.
E cá estamos no 26 de abril, tudo igual ao 24, o 25 foi um festejo inócuo.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 26 de abril de 2024
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