O recuado, baixinho, vaidoso, ganancioso e ingrato, esqueceu-se do seu passado de dificuldades, a viver com a família na escola, por não terem outras condições. Com sofrimento familiar lá conseguiu tirar um curso que na altura não servia para nada, mas baixinho lá se inscreveu na Juventude, foi subindo, esgravatando, insinuando-se, juntando-se ao seu amigo de infância.
Foi vereador das obras, foi e é conhecido como o recuado, recebendo apoios dos empreiteiros sem escrúpulos que queriam era construir, e mais saco menos saco cheio foi enriquecendo, todos desconfiavam, mas com medo ninguém dizia nada.
Entre outros casos, permitiu inúmeras construções com mais andares, sempre em violação dos planos e das regras, recebendo o que se achava com direito.
Antes nada se podia fazer no prédio da Carvalho Araújo, que pertencia ao Blandy, mas como compensação de outras facilidades que ficam para a próxima, ficou com o prédio por tuta e meia, construiu e vendeu ao craque de futebol por um balúrdio. Quem se der ao luxo de perder um pouco do seu tempo vá à câmara e analise o processo antes de ele desaparecer.
Criaram uma instituição para branquear o passado, recebem tudo do governo para funcionarem e ainda recebem dos negócios que aquela faz, recebem uns troços, mas vale a pena. Do seu, que nunca tiveram, não metem dinheiro.
Fazem as suas festas no forte da Pontinha, património público, cedido quase de borla pelo amigo da Quinta Vigia.
Aufere um ordenado público, sem por os pés aí. O que é grave ser funcionário, receber e nada se fazer. Igual ao antigo regedor da Sé que também enriqueceu só com a amizade de cima.
Vendo as coisas a correr para o outro lado, virou-se, para que seja esquecido o seu mafioso passado. Ingrato a quem sempre o ajudou prepara-se para os novos tempos.
É o baixinho recuado.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 17 de março de 2024
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