Falta cumprir Abril na Justiça, na Universidade e nas terras pequenas


A Revolução do 25 de abril trouxe a Portugal benefícios incontestáveis. As infraestruturas, educação, saúde, cultura, habitação, emancipação da mulher e o fim da discriminação dos homossexuais – são realidades da Democracia e da Liberdade.

No entanto, o 25 de Abril ainda não chegou a todos nem a algumas instituições. Não chegou, por exemplo, à Justiça, que sempre tarda e, por vezes, julgando mal, revela não ter consciência das liberdades e das vivências democráticas.

Na Justiça, fala-se tanto da separação de poderes, mas agora vemos a queda de governos devido à atuação do Ministério Público, logo depois reprovada por juízes. 

Vemos jornalistas a serem coagidos a revelarem as suas fontes e comentadores processados por usarem da Liberdade de Expressão, que o 25 de Abril possibilitou e a Constituição consagrou.

O Corporativismo não se desfez com o fim da ditadura de Salazar e Caetano. E era um dos pilares do regime derrubado.

Na Justiça e nas Universidades, o Corporativismo é um obstáculo à Liberdade.

É pela falta de liberdade e para evitar processos judiciais que escrevemos de forma anónima, com consciência cívica e gratidão ao Correio da Madeira. É este, hoje em dia, o meio de comunicação mais generoso que possibilita aos leitores verdades que a imprensa submissa ao poder económico e ao PSD-Madeira não publica.

Os caceteiros tentam silenciar as redes sociais e as plataformas livres, mas nunca tal vai acontecer. A Rafaela e o Ricardo Oliveira podem esganiçar na serra ou na cidade, mas o seu poder vale zero nas redes sociais.

O Corporativismo, principalmente nas Universidades, é também um empecilho ao sucesso dos que trabalham e têm mérito, mas que não se vergam ao Poder.

Falta, pois, cumprir-se Abril na Justiça e no Ensino Superior, para que a Liberdade e a Democracia sejam vividas em plenitude e Progresso esteja garantido em todos os sectores da sociedade.

Igualmente nas terras pequenas ainda se nota a falta de liberdade, a intolerância, a perseguição aos que estão do outro lado ou simplesmente não vão no canto da sereia. Nestes espaços limitados, continuam os caciques e os bufos. Não se respira liberdade, quando se depende do emprego para viver, e o empregador, público ou privado, persegue quem tem ideias diferentes e as manifesta. Falta cumprir Abril na Madeira. Eles pedem mais autonomia. Nós pedimos mais democracia.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 25 de abril de 2024
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