H á por aí um debate sobre o candidato madeirense mais bem colocado nas listas para o Parlamento Europeu, como trunfo e marketing para receberem o voto útil. É preciso fazer notar que somos poucos para ter grande influência num contexto de círculo nacional e que uma coisa é ser oitavo no PS e outra é ser terceiro na IL. O lugar importa, mas o número de votos também.
Na verdade, estão empiricamente (mescla entre sondagens e a eleição das legislativas nacionais) todos afastados das maiores possibilidades de eleger o deputado europeu diretamente, o PSD-M (9º), PS-M (8º), IL (3º) e o Chega (6º), até porque a entrada do Chega na disputa baralha as contas e é provável que retire deputados à maior parte dos partidos.
A discussão baseia-se pelos lugares, porque o Chega diz que tem o 6º lugar nas listas e o IL tem o 3º. No entanto, isso pouco vale porque depende do número de votos que têm para os lugares disponíveis (21), muito menos do que para a Assembleia da República (230), é preciso mais votos para eleger. Se nas Legislativas Nacionais votaram 6.473.789 para 10.818.226 inscritos, nas Europeias de 2019 votaram 3.314.423 para 10.786.049 inscritos. Tudo isto influi. Para além do Chega não ter participado nas Europeias de 2019 e não se saber quanto vale nesta eleição, depois do estrondoso resultado das Legislativas Nacionais de 10 de março. As sondagens já dão o PS à frente e a AD em segundo, o Chega mantém-se em terceiro (comparativamente às Legislativas Nacionais).
Assim, a última sondagem para as Europeias, sem se saber os cabeças de listas de PS e AD, dão o PS na frente com 27,5% (em 2019 obtiveram 33,38%) e AD com 23,2% (em 2019, o PSD registou 21,94% e o CDS 6,19%). Em terceiro está o Chega (10,7%) e em quarto o Bloco de Esquerda (6,1%). Agora vem o desmanchar do 3º lugar do candidato da IL, é que o Livre aparece em quinto na sondagem com 4,8%, à frente da Iniciativa Liberal com 3,6%), seguindo-se a CDU com 2,7%.
Havendo acerto nas sondagens e partindo de uma análise minha destes e de outros números, acho que o PS vai ter 8 deputados e o Sérgio Gonçalves entra, o PSD terá 6 deputados e a Rubina Leal não entra. O Chega pode ir aos 4 a 5 deputados, e o madeirense em 6º não entra. Noto que quinto deputado do Chega está a disputar com o Livre. BE, CDU e IL terão um deputado. Ficando o Livre a ver se elege o seu deputado na disputa já referenciada com o Chega. Mas isto foi um momento.
Isto não implica que alguns tenham que sair e dar lugar a outros, e a proximidade dessa troca pode então fazer entrar um ou mais deputados madeirenses, mas, para todos os efeitos, é o PS-M o mais próximo a eleger diretamente um deputado europeu.
Do que não nos safamos, a Madeira, é de uma descida de notoriedade neste panorama, antes elegíamos 2 deputados diretamente e agora esperamos por "à rasquinha" e por "sobejos".
Havendo voto útil, devemos votar no PS Madeira.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 29 de abril de 2024
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