Iglésias Europeu


Miguel Iglésias vai ficar na história da política regional como o caso mais rocambolesco da última década da vida dos madeirenses.

V indo da Figueira, aterrou diretamente no Funchal como o Chefe de Gabinete que rebentou internamente com a casa e com duas Coligações à custa da distribuição de tachos e tachinhos pelos Rebelos desta vida. Ao mesmo tempo acumulou com o cargo de presidente de concelhia para infernizar a vida de Carlos Pereira e levar Cafofo a Presidente do PS e há anos que é vice-presidente do PS com autoridade de Presidente. Tudo isto nos bastidores da política, onde apenas por decoro não se afloram os detalhes que um dia quem investigar o Sem Princípios e Com Privilégios vai encontrar. Basta procurar.

Mas se tudo isto se passava nos bastidores e nem todos tinham obrigação de ver, a não ser o Trim Trim do Tó Fontes banido do Diário por revelar, desde que passou para a linha da frente é impressionante que se continue a assistir silenciosamente a tanta ascensão. O homem que saltou da câmara para líder do grupo parlamentar do PS só somou insucessos mas continua a passar pelos pingos da chuva. Começou por contribuir para que Cafofo se "esbardalhasse" em 2019 em cima da meta com uma sucessão de alianças duvidosas. Depois enterrou Cafofo nas eleições autárquicas, colocando o PS ao nível de há 20 anos atrás e obrigando à sua demissão. Para acabar a obra, por pouco não fez com o que o PS perdesse o terceiro deputado na Madeira, graças ao fôlego nacional de Costa. Tudo isso como reflexo agora não só das estratégias de bastidores, mas também do seu miserável contributo visível nas cadeiras da Assembleia Regional, onde entrou como pavão e saiu como rola.

Depois de tanto insucesso e da ridícula cena de abandono de líder do Grupo Parlamentar como siamês de Cafofo, antecipando o que vem em 2023 e afastando-se de todas as responsabilidades e continuando a mandar outros fazerem por ele, o homem lá decidiu acompanhar Cafofo nas lides republicanas. Mas como do lado continental ninguém lhe passa cartão, com a exceção de uma ou outra deputada mais inocente e apesar de dar entrevistas compradas a revistas da Figueira, o homem entediou-se e já decidiu que o próximo passo é resolver o assunto europeu.

Com a escolha pela Comissão respetiva na Assembleia da República veio o primeiro sinal, a que se segue o ardiloso trabalho de desgaste da atual eurodeputada, que já começou com a habitual estratégia de caluniar tudo e todos nas bocas dos jornais e com a ordem de minimizar ao máximo o espaço noticioso da dita cuja. Tanto dinheiro em publicidade para alguma coisa serve: para mandar e para dar cobertura ao périplo internacional já iniciado, com destaques pagos a peso de ouro cheios de vacuidades, como a página inteira que o Diário de Notícias lhe dedica hoje, com uma mão cheia de nada.

Sérgio Gonçalves é inocente e não percebe o que lhe acontecerá: Iglésias é profissional em prometer o que não cumpre e vai arrumar mais um como fez com todos pelo caminho. Para além dos visíveis, aconteceu com quem ficou a ver navios nas eleições para a República deste ano e acontecerá com quem ficará a ver navios em 2023 e em 2024, apesar de tanta promessa comprada. O rumo está decidido: ou o homem vai para a Europa, ou passa a mandar no PS. Fotos, manchetes e capas com ele não faltam, mais do que de quem supostamente manda.

Enquanto Cafofo se vai afastando devagar, devagarinho, à espera de melhores tempos, Iglésias vai aquecendo os lugares, pronto para continuar a mandar. Quando chegar o resultado das regionais do próximo ano, lembrem-se que leram aqui primeiro: a culpa vai ser de todos, menos de Iglésias, Imperador Sombra que tudo decidirá, com pretensões de ser elevado a Líder, ou a Herói Europeu.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 7 de Outubro de 2022
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