Xenofobia ao madeirense na sua própria terra


V enho assistindo a algumas opções comerciais nesta terra de bradar aos céus, não é fenómeno recente e há muita maneira de expulsar madeirenses, nomeadamente de hotéis. Há uns que acham que o madeirense consome pouco, há poucos que não gostam dos espaços cheios de madeirenses, há alguns que aumentam preços só para o madeirense, há de tudo num sortido de esquemas. Há hotéis comuns e há os all inclusive.

Este fenómeno já aconteceu nas barbas da cidade numa esplanada, quis o castigo divino que a Covid-19 afugentasse os estrangeiros e hibernaram sem madeirenses. Mas também a nível de emprego vemos que a xenofobia é muito mais do que laranja ou cor-de-abóbora, se as entrevistas inquinam, saber o teste previamente já teve melhores dias porque dá nas vistas, agora o que parece não impressionar é não dominar português. Quanto mais falham os serviços, carentes de gente útil para sustentar o descanso dos burnouts, mais inúteis se sentam de manhã à noite a aquecer cadeiras. A seleção deu escolha a estágios em emprego que algum dia vão assimilar para produzir. Nós esperamos.

O madeirense é alvo de xenofobia na sua própria terra, essa terra que dá futuro a todos menos aos desamparados da terra. Tudo nasce com a política que distorce e tem os seus objetivos, sobreviver a qualquer custo porque ninguém gosta de viver como pata-rapada e, não é certo que exista céu que nos compense na eternidade.

Não sinto a sociedade honesta, respeitadora e competente. A seleção natural não existe, se existe então deve ser entendida como aquela que coloca lá fora os melhores de massa cinzenta e de caráter. Se calhar voltamos às origens do povoamento, merece lugar aquele que se libertou do crime noutras paragens para uma oportunidade de vida isolado numa ilha.

Seremos assim cada vez mais incompetentes, disfuncionais, em colapso e debandada. A culpa é dos outros. Ainda seremos a Penitenciária do Atlântico. Tudo começa com um partido que usa o poder para sobreviver. Espero que não seja a extrema-direita a lucrar com este continuo falhanço dos partidos clássicos, que nem se renovam nem dão oportunidade à competência.

A manipulação dos resultados gera uma sociedade medíocre e decadente, o que estamos a ver. São os líderes que permitem, assim pagam favores, promessas e dívidas no deve e haver do poder.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 25 de Setembro de 2022
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