Constrangimentos do jornalismo na Madeira



São demasiados tachistas para aturar.

J á não se pode com tanto jornalismo barato e trafulha de bajulação, sem perguntas inteligentes e lógicas, sem colocar minimamente estas vedetas da política  em sentido para perceberem que não somos todos tontos. O CM é uma lufada de ar fresco e nestes últimos dias gostei do foco na Igreja e nesse inútil secretário do turismo, que sem propaganda é o pior de toda a era autonómica (link).

O que me traz ao CM é um texto enigmático do Diretor do Diário de Notícias, "Lá se foi o sossego" (link), que me fez pensar em muita coisa. Primeiro, bendito anonimato para se poder falar na Madeira, tratar assuntos de forma séria e não num contorcionismo para não aborrecer quem compra publicidade, o patrão, quem tem ascendente ou dá subsídio, quem está ao abrigo do lóbi e do monopólio, enfim, a máfia ... Ao ler o artigo, percebi bem o que vi no CM, nesta semana, com alguns a achar que a democracia e a livre expressão para todos não deveria existir mas sim, seguindo uma lógica contrária à dos nossos matutinos,  beneficiar a oposição. Aguentem-se CM! O jornalismo precisa da ajuda do anonimato e das redes sociais para se libertar.

Mas também percebi a frustração do Diretor do Diário por se tornar impossível trabalhar e abordar assuntos com o Diário possuído por tantos interesses. Foi o que interpretei. Meus senhores, o homem sabe o que é jornalismo mas não o pode praticar e agora está a chegar à opinião. Alguns mais ousados, vindos da era do Blandy que se ponham a pau ... Regionais. Maldita política dos que fazem dela profissão/tacho e que deturparam tudo. A política poderia ser tão bela em democracia mas com outra gente, outro nível.

Quem não se lembra do novo dono do Diário a prometer manter os valores de sempre do DN-M, na última página de uma edição posterior à compra da parte maioritária. Alguma vez o Sousa teve ética e valores? Basta ver o que faz todos os anos em Janeiro ao Porto Santo sem qualquer problema de consciência. Estando salvaguardado por um contrato incompetente do Governo Regional, ele próprio, o Sousa, deveria por ética e valores não deixar o Porto Santo desamparado. Porque haveria de ser diferente no DN-M? Ainda para mais com um sócio pato bravo, chamado Farinha, que quer colocar o seu pupilo Calado a mandar na Madeira, para mais 18 anos a enriquecer descaradamente a betonar a ilha, a tornar os madeirenses pobres, enquanto o pupilo do Sousa, o Sérgio Gonçalves, diz não ver monopólios. Bando de safados cínicos, elite escumalha da Autonomia.

Que situação anómala se vive na Democracia madeirense para que um Diretor de um meio de comunicação social chegue ao ponto de fazer tais reflexões? Se assim se manifesta, dando conta da insatisfação de todos, então o editorial deixou de ser respeitado, tendo em conta que o Diretor personifica o editorial. Agora nada se pode dizer porque todos se julgam com ascendente e capazes de interferir, legado do poder, do Sousa e do Farinha. Tem todo o lugar o desabafo no "Boa Noite", coisa que muitos de nós já vimos, mas por respeito ou inconveniência se tem mantido em silêncio.

O que vejo é que, pelo meio de silêncios e ganâncias, todos estão a se entalar num nó cego. Houve impérios seculares mas para sempre nunca, mesmo com todo o poder e controlando tudo e todos. Estão lançadas as bases da ditadura plena.

Solidariedade ao jornalismo.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta-feira, 17 de Agosto de 2022
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