A depressão Célia


D epois do fim de semana unânime que se cumpriu, em mais um partido na necessidade de se manifestar unido perante o eleitorado, é curioso que chegue à nossa ilha a Depressão Célia. A meteorologia tal como a pandemia não se encerra em fronteiras ou bloqueios mentais, é para pobre e rico, para todos os interesses.

Como já enviaram para o CM, o PS-M pode discursar horas, fazer 100 congressos e mandar bolas ao poste mas o golo para ser festejado implica uma declaração de mudança do modelo económico da Madeira e não se posicionar por entre os pingos da chuva, a zelar cuidadosamente para não hostilizar os DDT que destinam o Orçamento Regional. Ninguém está contra empresários mas penso que muito não os querem a mandar no nosso dinheiro quando metade do orçamento é para obras e da outra metade ainda se sustenta outros DDT. O PS-M também os tem, DDT que se transformarão em oligarcas. Este cinismo não conquista a confiança do eleitorado.

Os políticos do PS-M não fazem contas, só imitam o PSD-M supostamente na oposição. Vamos a uma conta simples, gente que só desperta se os partidos NÃO REPRESENTAREM DDT! Nas últimas legislativas nacionais, 49,57% (127.111) dos inscritos (256.431) na Madeira foram votar. Nas Autárquicas, para sensivelmente os mesmos inscritos (257.625), votaram mais, 54,60% (140.661). Há desde logo duas leituras a fazer, a abstenção é uma maioria absoluta ou um grande partido a disputar, mesmo que se ache que a contribuir para a abstenção haja muita lista por limpar. A outra constatação é de que quanto mais próximo é o poder dos cidadãos mais se mobilizam e votam. Significa que, num partido de âmbito regional, quem deixar de estar a fazer o jogo dos DDT vai despertar abstencionistas que já não acreditam nas pessoas da política para votar. Aí é que se trocam todas as contas!

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 13 de Março de 2022
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