Não te deixes enrolar!


A Região foi notícia na comunicação social portuguesa pelos piores motivos. Não, não foi o aeroporto inoperativo que tanto preocupa Eduardo Jesus, mas sim o consumo de estupefacientes psicóticos que assolam em grande escala os jovens da ilha do povo superior. A situação é tão grave que Pedro Ramos, como médico e como pai, viu-se obrigado a lançar uma campanha contra a Cannabis! Contra a Cannabis? E o resto da porcaria?

Além de Pedro Ramos, surgiram neuros pediatras, psiquiatras, médicos mas ninguém falou dos 70 produtos cancerígenos do tabaco e do álcool! Pois, o tabaco e o álcool são legais e a cannabis não! E que dizer dos danos neurológicos do consumo de vinho jaqué? E que dizer dos Xanax, dos Prozacs, das Sertralinas, dos Topiramatos e do Victans receitados por muitos psiquiatras? O que é melhor para a depressão? O que tem menos contra indicações? Um charro de cannabis ou um Victan?

A insensatez é de tal ordem que quando alguém disse que o álcool deveria ter um rótulo de produto cancerígeno, caiu o Carmo e a Trindade. Até o velho ranheta do Quebra-Costas veio a publico opor-se a tamanho sacrílego! O álcool não! Uma poncha até faz bem à gripe!

Mas mais grave de tudo isto é o consumo de químicos psicóticos, que apenas por serem mais baratos que a cannabis (que custa na Madeira 4 vezes mais do que em Lisboa) são as opções fatais para muitos jovens nas noites madeirenses. 

O tráfico de estupefacientes está descontrolado e tomou contornos de epidemia e não é com medidas de marketing que se vai impedir o inevitável, mas sim com medidas estruturais criando alternativas recreativas controladas. De que é que Portugal está à espera para permitir produção e o consumo de Cannabis para fins recreativos? Que enlouqueça mais gente com o Bloom?

Veja-se o caso de Malta, um País europeu que é uma ilha com metade do tamanho da Madeira e com sensivelmente o dobro da população onde o consumo da cannabis foi liberalizado para fins recreativos com algumas limitações aceitáveis, como o consumo público, ou perto de crianças. Os habitantes de Malta podem cultivar até quatro plantas e ter em sua posse, o máximo de 7 gramas para consumo próprio. 

Enquanto na Madeira vende-se apartamentos de luxo a mafiosos Russos, Malta é conhecida pelos baixos impostos e por ter o menor custo de vida de União Europeia. Em termos de económicos, Malta tem um PIB de mais de 14,65 bilhões com um rendimento per Capita, 48% superior ao da Madeira. Com tudo isto, e não só pela liberalização da Cannabis, não é por acaso que Malta é o terceiro país do mundo preferido por aqueles que se querem reformar.

Depois de tantos ilustres contra a Cannabis, falta agora o Presidente do Governo dar a cara e “não se deixar enrolar” em tretas.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2022
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