Regionais 2023: por uma Direção Regional do Jornalismo

Pela defesa da profissão de político-jornalista.

O s jornalistas deveriam ser enviados para o desemprego porque nem publicam notícias nem sabem fazer promoção política. Assim, o Governo Regional que já sustenta a comunicação social, direta ou indiretamente, deveria dar mais um passo na Liberdade Informativa que tantas vezes apregoa e tornar a área como elegível para a distribuição de tachos. A sequência lógica é a criação da carreira de político-jornalista e político-comentador tão necessária à nossa terra e que vai dando grandes passos sem enquadramento legal. É vergonhoso que um político já com tacho no Governo Regional, na Assembleia ou na Autarquia não tenha uma proteção legal e retribuição pelo trabalho exemplar que faz na comunicação social. É ultrajante que um formado, imagine-se, em comunicação social (!) esteja no desemprego, ou seja, no bem bom, e que os políticos tenham que colmatar esta grave lacuna na área da comunicação social... para eles andarem nos subsídios sociais!

Reparem que até os jornalistas, ainda em funções, nunca sabem fazer perguntas inteligentes, nem a gosto do poder nem a gosto do consumidor. Isto não pode acontecer, são uns vadios que recebem vencimento sem nada produzir. Também é claro que fogem às notícias para andar à procura de fait-divers que não servem ao leitor ou ao Governo. É uma forma de sabotar e distrair da narrativa que é notícia prioritária. Quem paga, o Governo Regional, tem o direito de pedir mais dedicação à sua causa. É vergonhoso o que se passa.

Os jornais, rádios e TV na Madeira estão numa posição desconfortável de fazer de conta, é preciso acabar com esta situação degradante. O Governo Regional deve colocar os jornalistas no desemprego, fazendo-os encarar a oportunidade para poderem acolher outras profissões para as quais estão mais vocacionados, mais seguras do vasto leque de propostas bem pagas e com vínculo certo.

À futura Direção Regional do Jornalismo caberia as funções de gestão de Assessores no GR, Autarquias e Assembleia, a gestão das empresas de comunicação, a feitura das notícias acreditadas pela qualidade, a criação de perfis falsos para zelar pela democracia e a Opinião Pública. Numa fase seguinte, poderiam convidar elementos do PCP sintonizados com as boas práticas na área para criar o sindicato dos Jornalistas Acreditados, uma condição mais inclusiva, com credencial que substituiria a carteira profissional, outro caso degradante dos nossos dias.

O Governo, lamentavelmente, tem de fazer tudo e ninguém o compreende.

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 11 de Janeiro de 2022
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