V otei PAN nestas eleições e expliquei porquê (link). Como em 2019 disse ter votado PS-M. Para 2023 e outras eleições logo se vê. Não tem existido, quer cá, quer no continente, novidades nos principais partidos da esfera do poder. PSD e PS. Ideias novas e arejadas. Afinal estes e com as personagens que propõem para a AR, são os velhos do Restelo deste regime.
Por cá, psd-M e ps-M mantêm o mesmo discurso. Se para uns, psd-M, tudo o que se faz na Madeira é consequência de uma politica, para mim suicida e que dura há 45 anos (miséria, pobreza, má saúde, má economia, … aumentam como se vê ), para outros, o que se faz na Madeira é fruto do trabalho deles na AR, na ALM. Trabalho invisível por certo, porque ninguém se apercebe de facto o que fizeram.
O problema é quando os partidos mais pequenos, com ideias interessantes, não conseguem passar numa comunicação social dita independente, ideias diferentes. Mais, muitas vezes criam-se obstaculizações ao que defendem e à sua mensagem.
Um amigo observou-me que aos partidos do regime, tudo é dado (psd, ps, rir, … ). Aos partidos contra o regime, tudo é “murado”. Aos outros deixa-se passar para dar ideia de pluralidade.
O PAN ontem homenageou o Eng.º Miguel silva Gouveia, porque o PAN foi apoiante do Eng.º Miguel Silva Gouveia como candidato à CMF. A CMF, recebeu prémios de sustentabilidade financeira, ambiental, social e de educação quando governada pelo Eng.º Miguel Silva Gouveia, prémios estes resultantes de uma apreciação nacional do trabalho em todas as câmaras municipais do País, por organismo independente. Estes prémios foram entregues em novembro e quem os recebeu foi a nova vereação. Pouco ou nada saiu na comunicação social madeirense e quando saiu foi tipo “nota de rodapé”. Da CMF e do seu presidente, achava que existia urbanidade suficiente para no mínimo receber os prémios com o antecessor ao lado. Não o fez e é vingativo (vide recente caso da Tribuna da Madeira link).
O ps-M da Madeira esqueceu-se do Eng.º Miguel Silva Gouveia. Uma prática corrente neste partido. O da deslealdade. Uma prática corrente no regime. Mas o PAN não esqueceu. Fica-lhe bem. O Dr. Ricardo Oliveira no entanto, falou nisto no seu “Boa Noite” de hoje (link).
O Dr. Ricardo Oliveira de tanto ver a árvore que lhe parece importar, esquece-se da floresta por trás dela. Importou ao PAN, a todos nós, que a floresta das boas práticas premiadas da CMF nas áreas financeiras, desportivas, ambientais, sociais… no mandato do Eng.º Miguel Silva Gouveia, sejam relevadas e não tomadas por outros. Na nossa Madeira, é habitual o regime tomar como seu o que é feito de bom pelos outros. Ou então de esconder. Todos sabemos que hoje, para muitos, para a CMF, para o DESgr e até parece pelo DN-M, que estas verdades sejam inconvenientes. Que existe gente boa, coisas boas feitas para além do que é muito mau feito por este regime.
Que a lealdade é um facto, não uma ideia engraçada para se escrever ou burilar num discurso pífio e à medida das necessidades.
Lamento profundamente que o DN-M na pessoa do seu diretor, confunda ainda o luto (só pode ser piada), por uma cerimónia de celebração de uma vitória da CMF e por acréscimo de todos os funchalenses, da prática, do trabalho municipal do Eng.º Miguel Silva Gouveia. Todos se deviam orgulhar, exceto aqueles que vêm nisto como um atentado às (más) práticas que defendem ou realizam.
Lamento também que o DN-M faça parangonas com prémios pífios do melhor de… prémios estes comprados e à medida do DESgr nas áreas de turismo, saúde, finanças, economia, educação,... onde vale o dinheiro e muitos dedos num mouse carregando na resposta certa.
Afinal, se o gabinete de comunicação da CMF funcionasse melhor, devidamente e se o seu presidente tivesse a urbanidade, educação e o cavalheirismo que tanto apregoa, mas que não tem, por certo que esta homenagem que o PAN fez não seria necessária.
Pessoalmente faço votos que até daqui a 4 anos, a CMF continue a receber prémios destes (porque dos comprados não reza a história).
ÚLTIMA HORA.
Fizeram-me chegar mais outra “estória” do DN-M e do seu diretor sobre o PAN. O PAN recentemente, porque está publicado, disse que mais de 1/3 dos madeirenses tinham rendimentos inferiores ao salário mínimo. O Dr. Ricardo Oliveira afirma que não. São apenas, NOTE-SE ISTO, 1/4 da população. Como se 1/4 da população sem rendimentos fosse uma vitória e diferisse muito de 1/3 da população. Será que para o PAN a população ativa seria de 100.000 habitantes, ou de 135.000 habitantes como diz o Dr. Ricardo Oliveira? Se não aparece nas estatísticas, aparece nos pobres.
O Dr. Ricardo Oliveira deveria saber que mais de 40.000 madeirenses não estão a trabalhar na Madeira, mas contam para os números da população ativa (basta terem por exemplo a primeira habitação na RAM). Aliás, na Madeira não residem 251.000 pessoas que julgo ser o número do Censos, mas apenas cerca de 240.000 porque muitas, demasiadas, estão emigradas. Imaginemos 1/4 de continentais, 2.000.000 de pessoas, de franceses, de belgas, de alemães, a não pagarem IRS por não terem rendimentos para tal, o horror que seria.
Para o Dr. Ricardo Oliveira, sempre tão bem informado, a população ativa madeirense é de 135.000 pessoas. Logo para ele, 1/4, são 33.750 habitantes que não pagam IRS. Lembremos que o DN-M em dezembro referia apenas 32.000 (uma falha).
E isto começa a parecer-me com aquele célebre “fast check” do Dr. Ricardo Oliveira que assegurava não ser verdade que o “shippement” ou o frete de mercadorias entre Funchal e Lisboa fosse o mais caro do país. Porque o Dr. Ricardo Oliveira, deveria saber que o custo de um contentor Lisboa-Funchal custa cerca de 2.300 USD contra os apenas quase 1.000 USD para os Açores e os quase 700 USD entre as Américas e a Europa (viagens mais longas). Aliás, bastar-lhe-ia pegar num telefone, encontrar uns fretistas (não os daqui) e fazer contas. Aliás o Dr. Ricardo Oliveira nem sequer comparou o preço do frete na mesma companhia entre Lisboa-Funchal, ou Lisboa-Ponta Delgada.
Mas o giro nisto é que o Dr. Ricardo Oliveira nada diz sobre o resto das afirmações do PAN. Que existe quem não receba subsídio de desemprego (desempregados em longa duração); que somos a região do país onde a miséria e a pobreza mais cresceram. Que é das regiões do país que menos jovens atrai. Onde mais gente imigra para o todo nacional. Que mais população perdeu na última década, com a menor taxa de natalidade, com a população mais envelhecida. Tudo isto numa região que tem dos PIB´s mais altos do país. A isto o Dr. Ricardo Oliveira assobiou para o lado. E porque quem cala consente, estamos falados.
Mas tal como no início do texto tenho de questionar. Será o Dr. Ricardo Oliveira a escrever ou o Sec. Reg. da Educação? O sempre malcriado Jorge Carvalho a obrigar? Aquele que aparentemente parece exigir que se abata quem o venceu sucessivamente em tribunal? O Prof. Joaquim Sousa.
Aaté parece que os “cheks” (não cheques) começam a ser à medida.
Luís Alberto Matos
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