Ler a situação como dá jeito

 

U m gestor hoteleiro generalizou, com nova dose de estigma, de que há desempregados que auferem subsídios sociais e que se empregam precariamente para ganhar por fora mais algum e que depois não aceitam os empregos disponíveis, aqueles que existem depois de todos os outros que entram por cunha e tachismo na nossa Região mas de que ninguém fala, porque não é problema. A cunha e o tachismo, os concursos à medida, as alterações de orgânicas, o nepotismo e amiguismo para caber cursos idiotas nalguns organismos não é, para esse senhor, a desadequação de meios humanos às necessidades da região, não é a disfunção, incompetência e a mediocridade a encher ainda mais o monstro da Função Pública, a desordem laboral entre aqueles que têm formação para exercer mas não têm lugar porque outro conseguiu caber com um curso "idiota".

É evidente que cada um fala onde lhe dói. E porque esta teoria interessa a quem quer escravizar o povo madeirense com vencimentos que não dão para viver foi bem acolhido por aqueles que têm uma missão que não é a de estar junto dos madeirenses.

Mas pegando no assunto, no nicho dos que realmente têm um subsídio social e um emprego precário para alimentar a família, sim porque isso denota desenrasque para além do abuso, mas não pegando na generalização que esse gestor e outros empresários fazem, porque se não aparece nenhum a vaga aberta então todos fazem esse esquema (?), devo perguntar se acaso os subsídios sociais não são tão miseráveis como os vencimentos que propõe aos funcionários, para que essa gente tenha de aceitar os empregos precários que realmente existem de empresários que não querem pagar a Segurança Social,  protegidos por uma tribo de fedelhos naquele organismo que os cobrem por serem do partido do poder.

Li, no CM, único onde vai saindo as realidades, aquele assunto da TAP (Link 1, Link 2) se ir desfazendo das ligações aéreas com a Madeira. Acho um belo exemplo do que vai suceder com a classe trabalhadora na Madeira. Empregados e desempregados vão ser insultados até mais não poder por toda a cleptocracia dominante e participativa que evita dizer que as pessoas se desenrascam para sobreviver, mas esquivam-se da quantidade de pobreza que vai crescendo por alguma razão. Os comentadores já se candidataram a subsídio social? Vão lá ver se é fácil e se não é miserável. Porque não se pegam com o enriquecimento ilícito na Madeira que sim suga o ORAM? Tudo isto omitem. Mas dizia, tal como a TAP, empregados e desempregados conscientes da orgia mental, intelectual e de interesses que se vive na Madeira, vão emigrar na primeira oportunidade, para "alegria" da classe esclavagista do poder e dos DDT, e aí teremos cada vez menos votos contra, cada vez mais os mesmos, teremos consanguinidade e logo "abortos", a falta de criatividade, de competição, de produtividade, de gente!

Há que concordar que, tal como a carga fiscal sobre as famílias é elevada para pagar dívidas feitas por governantes, a que incide sobre as empresas mata, por isso elas também fogem do país, sobretudo os que pagam impostos absurdos e sofrem de concorrência desleal e não aqueles que se queixam enquanto a cleptocracia lhes dá mordomias oficiais para ajudar no dízimo que entregam ao partido:

A fiscalidade obscena não explica nada disto, nem as contribuições para a Segurança Social, nem o facto de pagarmos 14 meses de ordenados (e contribuições) para as pessoas trabalharem 11; os empresários é que são uns sugadores do suor dos trabalhadores.

Nota: era de perceber se pode escrever a realidade introdutória.

Os meses de confinamento devido à Covid-19 deu uma paragem histórica para muitos pensarem na vida, de ver quanto valem para o patrão e que a escravatura não chega, de como o Layoff trouxe muitas manhas dos empresários (sim, os mafiosos ganharam dinheiro indevido) mas disso ninguém fala, de como estes querem a precariedade e as pessoas como fizeram a paragem de "reset" dizem não mais (para poder chegar a idade de reforma e receber alguma coisa). Foi hora do basta e emigrar, em 2031 saberemos, se entretanto não vierem mais aviões com miras, que vão ter acção social e um Porche para ir buscar o menino à escola, dos que o T3 do Governo é ridículo de pequeno, etc. E as regalias sociais de miras com dinheiro para fugir, com apartamento, mais regalias sociais quando não descontaram, isso é tabu porque interfere na cleptocracia dominante? (Nem todos os miras!)

De repente, por artes mágicas, deixámos de ter pessoas para trabalhar. Na hotelaria e, mais especificamente, na área da Restauração, não conseguimos contratar ninguém. Claro que aqui se juntou o melhor dos dois mundos: - o Governo tinha exterminado o Covid (antes da população estragar tudo, claro) e os hotéis estavam a bombar tanto que os apoios tinham mesmo era de acabar!

Nota: continuam a fazer emigrar os madeirenses. Eles é que não prestam nisto tudo!

O que mata a hotelaria tradicional madeirense é a mudança para a massificação perpetrada por um pato bravo e um secretário zarolho. Agora a medida é o Savoy e o secretário trabalha para ele. A TAP é o meio de transporte do cliente "Cozi" das boas quintas. A recapitular e ver quem dá cabo disto! Mas se Governo Regional, Assembleia, e povo "instruído" odeia a TAP, a companhia está numa excelente área para ignorar a Madeira. O cliente "Cozi" virá de Ryanair.

Ainda gostava de falar da narrativa da estratégica TAP e do retorno do investimento de 3 mil milhões que o Estado ali vai desbaratar

É tudo caros leitores e CM, continuação de Boas Festas e nem sei o que diga para 2022. Depois deste descalabro pandémico de dezembro acho que começamos cambados. Façam pelo melhor e não deitem culpas aos elos mais fracos. À medida que repetem para ser verdade, a Madeira vai sangrando. Nem todos têm contactos para a cunha, nem todos nem estômago para se vender. Ainda há gente decente e trabalhadora mas desses ninguém fala, a larga maioria. Será que com esta narrativa alguém será finalmente ajudado?

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 29 de Dezembro de 2021
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