Madeirenses: a nado ou a bater asas


H á algumas criaturas que são alguém na Madeira, fora dela ninguém liga nenhuma e resumem-se à sua insignificância. O problema é que abusam da Madeira falando por ela, sendo porta-vozes de um povo que quem ouve julga assim de insultuoso.

Estamos cada vez "melhores" nos transportes, comunicação e logística para a Madeira: Ferry, Carga Marítima, Portos e Aeroportos, Correios, Ligações Aéreas, Comunicações (telemóveis), Cabo Submarino (internet, não melhorou nem baixou de preço), Comunicação Social (inexistente, são agências de publicidade). Parece que alguém nos corta sempre a ligação com o exterior, provavelmente para alguns serem réis na ilha. Olhamos à volta e só se vê vendidos, medíocres, vergados e pobres, para além daqueles poucos que gozam a vida e que aparecem como sendo "a Madeira". Sempre os mesmos, dá vómitos o "loop" anual.

No dia em que os madeirenses começam a perceber que daqui por um ano será cada vez mais raro ver a TAP no nosso aeroporto, vemos duas páginas do Museu do Romantismo que até parece gozo. Se a vida te der um limão faz uma limonada. A verdade é que a era dos vapores tornaram a Madeira com mais centralidade e cosmopolitismo do que hoje com tanto transporte e comunicação. Por definição, cosmopolitas são todos aqueles que consideram o mundo como pátria, que discordam de separações impostas pela sociedade, consideram que a humanidade segue as leis do Universo (o cosmos) e que os seres humanos devem formar uma única nação, sem separatismos culturais e avaliando o mundo pelo prisma de ser uma só pátria. Cosmopolitismo é globalização? Parece, mas numa versão humana e não comercial. E nós aqui prisioneiros da política!

Isto de bater no ícone do país para o cosmopolitismo por vezes faz ricochete e, sem qualquer dúvida, a responsabilidade comercial provoca um silêncio de ouro. Anos a bater na TAP e agora vão chorar por ela quando perceberem o que deixa de haver e contar. As outras não ocupam porque não têm perfil para isso. Nenhum daqueles armões da assembleia, o Prada, o Rodrigues e o Ramos vão agora bater asas para assegurar o transporte aéreo regular, como não nadaram pelo ferry. Como é hábito nestes mandriões, fecham-se em copas quando estão frágeis, acobardam-se, como nas eleições. Caladinhos, caladinhos. Com aquele secretário romântico poupa-se palavras, nada dá certo.

É pena que quando alguém conhecedor da matéria se envolve e diz a verdade em público, que apareçam logo os ruidosos seguidores dos energúmenos, que sim FAZEM MAL A MADEIRA, para desvalorizar, dizendo que a TAP já deveria ter ido embora mais cedo ou até fechar. Mau perder dos donos da Madeira, do autismo e autoritarismo local que não manda nada fora da ilha, pensam que metem asas nas corsas?

Será mais difícil ir de manhã e vir à noite para o executivo e os empresários. Vai ser mais difícil ir para a Europa e usar o Subsídio Social de Mobilidade. As agências terão que explorar outras companhias para a procura interna e da diáspora. A rentabilidade da TAP na Madeira é discussão de longa data, dizem que ganha muito mas, para abater o ferry diziam que não havia movimento para rentabilizar, claro com a carga inquinada. O que pensar da aviação? É evidente que a TAP reduzindo a frota, de 108 para 94 (menos 14 aviões), vai ter que fazer menos voos mas, e porque sacrificar a Madeira se procuram lucro seguro? É uma bela questão que levanta suspeitas. O corte da TAP é a confirmação final de um turismo de massas para o destino de ouro. Quando queres algo singular e bom não apostas assim. Estão a construir o desastre...

Quanto aos caça milhas do Governo e da Assembleia, com o erário público a pagar, arriscam-se a ter o esquema arruinado. Só olham para o umbigo. Esta é a lógica de implosão da Madeira, explorar sem plano. De tanto controlar... matam.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 28 de Dezembro de 2021
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira