Publicidade informativa

 

O jornalismo local passou a "publicitar" onde considera que vai angariar uma margem maior de lucro e aumentar o volume de vendas, no entanto, gera um circuito fechado comercial e não gera notícia. Falar de fake news contra as redes sociais é perder a noção do que é notícia, é a prova da fraqueza do produto que balança com opiniões e comentários, algo que eu assinante estou a ver e que não vou aderir, melhor... renovar.

Temos duas cópias que se desafiam, disputam o pior produto que serve quem tem pretensões e sustenta negócios inviáveis, com este modelo, sem o poder. Estão acostumados aos modelos errados sustentados pelos contribuintes. É a antítese da economia pujante que nos vendem, como tantos clubes sem economia para sustentar a representatividade.

Qualquer dia, esta fornada "jornalistas", assessores e comentadores, vão considerar que as eleições são o diapasão que determina o que é a notícia (informação), o quanto baste para a mesma maioria, o que significa que a informação passa ao lado e enferma do mesmo autismo dos políticos. Estão bem casados e vão se dar bem.

As redações recebem diariamente um grande volume de informação institucional e agenda de empresas, do governo, etc, releases que são publicidade anexa ao "merchandising" da agência e que reforça o trabalho promocional já feito com "anúncios". É a redundância da fartura de todos a jogar da mesma forma e a prova de falta de jornalismo. Assim, o suporte que já abrigava as duas atividades – jornalística e publicitária - passa a confundir tudo mas a designar por conteúdos informativos. Esta realidade gera um produto híbrido que só não é descabido para aqueles que estão vidrados na aposta.

Falta pouco para deixarmos de ter notícias, caso não tenhamos já atingido o ponto de não retorno desta coisa a que chamam de jornalismo na região. Perderam a mesma vergonha que faz os políticos se organizarem em esquemas mas, convenhamos, sufragados e legitimados pelo povo. Só há um pormenor, quem entra neste jogo já não sai vivo, perdeu o "core" e o pé, com ou sem título saído no JORAM são assessores. Se acabar o dinheiro ou o poder, o tombo é imediato. Se alguém infringir já não tem (4º) poder e não será respeitado, nesse dia perceberão o monstro que alimentaram.

Não me cabe identificar o erro mas só apontar a crítica, até porque tudo isto é feito de forma consciente restando alguns bibelots para o gozo da pluralidade. Para quem quer notícias, felizmente os avanços tecnológicos permitem-nos aceder pela internet e chegar a outras fontes.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 9 de Novembro de 2021
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