Abandonados!


"Idosos" por Sandra Ventura

ALTAS PROBLEMÁTICAS:
ENTRE A NECESSIDADE E O ABANDONO GROSSEIRO!

A Madeira, uma ilha, onde a proximidade e a dinâmica familiar de convívio regular na comunidade e, onde quase todos “se conhecem”, envergonha pela existência de altas problemáticas nos hospitais e a solidão a que muitos seniores são condenados, pelos seus familiares.

Não se compreende que um Governo Regional, com a mesma cor há décadas governando, nunca se tenha interessado por esta problemática e pior, tenha feito da sua existência objecto social a explorar por muita IPSS ou associações, de aparente desinteresse lucrativo, mas que paga muito bem a uma elite dirigente, por certo com confiança política, pois muita nomeação corresponde a prémio de consolação.

Os Atalayas, as Dillectus e muitas outras, ligadas a santas e esmeradas casas e causas exploram o filão dos deixados no hospital; o governo, esse, nada faz no sentido de exigir mais das famílias, a não ser apenas um facilitador, ao que parece, preocupado mais com objectivos eleitoralistas, e assim, o contribuinte tudo paga.

É verdade que este é um problema nacional e, sendo um problema nacional, a resposta deveria ter um denominador, nacional. É certo que alguns precisam de sítios adequados numa linha assistencial, que deveria considerar unidades de retaguarda e apoio total, no domicílio.

O JM noticiou em 24/12/2020: “São doentes já com altas e que estão sem família, permanecendo internados. São as chamadas "altas problemáticas"”: a definição não corresponde á verdade, nem espelha a realidade do abandono por familiares, alguns que recusam a assistência disponibilizada para os domicílios, alguns com a conivência do Dr. “Cunha”, certo, sim, que são os mais abastados que possuem acesso a uma cunha, bem negociada e executada às claras: o cliente, utente, até já recuperado permanece, ocupando uma cama hospitalar, como residente.

Mas interessa a alguém que o filão alimente negócios na saúde, assim, com esta problemática, também contribui para que as listas de espera se mantenham, para justificar programas de recuperação que nada recuperam mas que alimentam os salários de certos profissionais de saúde: a saúde emperrada é lucrativa, o cidadão que se lixe.

Agora com o PRR, parece que o governo central e o regional têm estes problemas todos resolvidos, é ver e ouvir os milhões, já devidamente orientados, para encher os bolsos de anjos e entidades salvadoras.

Enfim, uma vergonha, mas nada que não se perceba de como a miséria controlada e explorada enriquece uma prole de ricos, que se alimentam assim da exploração dos orçamentos regionais e nacionais. A pobreza enriquece muita gente e inclusive a fome, tem já "Banco", o alimentar.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira,11 de Novembro de 2021
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