O laço está a apertar


O s madeirenses devem juntar as peças, os sinais e algumas notícias que indiciam o isolamento ainda maior da Madeira. Devem entender que os superlativos são uma miragem, que os heróis têm pés de barro, que há gente já a fugir na expectativa de que isto é insustentável.

É preciso perceber que somos uma economia pequena e pouco atrativa, ao que se junta a hostilização ao mercado aberto e concorrente, que a economia roda sempre sobre os mesmos em vez de diversificar. Isto não é bom, porque com a queda dos impérios sem assistencialismo, num ápice, a Madeira é "comprada" e controlada economicamente do exterior, continuando o poder político a ser um fantoche.

É muito mau que haja concursos desertos porque a Madeira é de desconfiar, caindo os mesmos nas mãos da oligarquia que assim expande a sua atividade, um pouco como as "inevitabilidades" da exploração dos espaços públicos do Porto Santo ou do caso do JM com Sérgio Marques.

A Madeira, fruto da falta de alternância, nunca corrige os erros, antes prossegue, insiste, para os poucos que estão bem ou para não dar o braço a torcer. A alternância permite corrigir erros, mostrar novas ideias e gerir de outra forma. Precisamos de diversificar a nossa economia, o modelo económico, porque ele está a matar pelos baixos rendimentos, pela emigração em massa dos jovens e das pessoas em idade ativa, todos frustrados com as oportunidades que a terra dá, justamente porque insiste em tudo igual, a pagar mal. Eles têm lata para dizer que pagam bem, aquele hoteleiro foi uma coisa fantástica ...

Eu não entendo porque é que as pessoas não estando bem, votam por costume num quadro de corrupção denunciada e judicializada. Eu tenho medo do que os madeirenses vão dizer a 26 de maio. Estão sob olhar de muitos numa situação limite, que define cabalmente o que se tem passado nestes 47 anos. Estão satisfeitos os que votam, porque os que não estão, emigram? O povo sente-se cómodo e acha que beneficia da corrupção? Não notam o pormenor do porco e do chouriço?

Quero aproveitar o momento para um pormenor, aos 50 anos do 25 de abril, é confrangedor o conhecimento dos jovens sobre o que foi a ditadura. As limitações, o assédio e as perseguições, as proibição, a falta de liberdade. Votam num extremismo que lhes arruína toda a vida, a que estão acostumados, sem fazerem ideia! Pensem um pouco até onde chegamos na Madeira, estamos na corrupção que quer o poder a qualquer custo, nem que seja com extremismo anti-democracia. Se me achas exagerado, convém começar a ler para ganhar consciência. Para ganhar poder todos são amáveis e sorridentes.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 24 de abril de 2024
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