Emanuel Rodrigues às voltas no túmulo


J osé Manuel Rodrigues (JMR) continua a usar o cargo para "agraciar" todos aqueles que isoladamente ou em conjunto lhe poderão garantir a continuação no cargo nas próximas eleições. Proporciona negócios ao colega de escola, o DDT dos portos. Abre concursos para que os seus amigos da comunicação social (que não desejam voltar aos órgãos de informação) continuem nos melhores lugares do funcionalismo público, abre concursos ao Jet7 por razões dispensáveis mas sobretudo, e esta não é a primeira vez, seduz o homem que julga estar a mandar politicamente na Madeira neste momento. JMR é um comerciante por abuso do poder em causa própria.

JMR não é o único a lutar pela vida, ele dá valor ao que é viver como desempregado vadio com uma oferta de emprego que não dá para pagar despesas. A ALR informa que "de acordo com Rubina Leal, presidente do júri e Vice-Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, e principal mentora do Prémio, a escolha de Alberto João Jardim deve-se “à sua figura, absolutamente incontornável na história da Região Autónoma da Madeira, na construção da Autonomia e o seu respetivo reflexo na nossa identidade regional”. Ao vencedor do “Prémio Emanuel Rodrigues”, de acordo com o regulamento, é atribuído um valor monetário, sendo que Alberto João Jardim decidiu entregar a totalidade desse valor a uma instituição que o júri considere pertinente. Com uma vida "prendada" e duas reformas era o que ainda faltava. Isto enoja tanto que é preciso respirar fundo para explicar.

Então, quando a Renovação queria derrubar Jardim, Rubina Leal estava na Comissão Política do Único Importante e jurava lealdade a pés juntos mas, como muitos, deu o salto na hora limite para o lado da Renovação. Corporizada a candidatura à liderança do PSD-M, o mandatário escolhido por Miguel Albuquerque foi o Dr. Emanuel Rodrigues pelo simbolismo do seu perfil e história no partido. O que agora dá nome a um prémio era da linha de pensamento e atitudes de Virgílio Pereira, tinha a sua opinião, a sua maneira de estar e não vergava a jogos de cintura. Invocar o Dr. Emanuel Rodrigues para alguns, nos nossos dias, é como invocar Sá Carneiro, usam-nos no seu interesse mas não lhes bebem a categoria que os fazem ser pessoas singulares e que serão para sempre bem recordados. O "pacote" eleitoral estava feito, Albuquerque ganhou e o problema veio depois.

Como sabemos, o projeto da Renovação falhou rotundamente e reencarnou pela versão de Jardim ainda mais autoritária, mais desbocada e trauliteira com pelica de má qualidade, a promover e a usufruir dos cancros do Jardinismo. Este híbrido de tendências,  coligações, interesses e dependências é ainda uma coisa sem nome, entre bordel, horda e orgia. Até o 4º poder se vergou totalmente, coisa nunca alcançada por Jardim.

Tenho a certeza de que se fosse vivo, Emanuel Rodrigues não mais seria mandatário daqueles que lhe usam a imagem e que falharam. Não mudaram nada, são piores do que Jardim. Ele desejava uma democracia suportada por exigência de qualidade, carácter e credibilidade que hoje não se vislumbra, era critica velada ao fim do Jardinismo que estava insuportável. O Dr. Emanuel Rodrigues era dos que impunha respeito e independência no seio PSD-M, por isso falava como queria e apoiava quem desejava, que o diga a decisão que inquinou as suas relações com Jardim, apoiar o General Ramalho Eanes à Presidência da República. Só de pensar que ainda em 1995 proferia esta frase: "Daqui a 20 anos, espero que a liberdade seja mais ampla e apurada". Dá que pensar como agora é usado para salvar Rodrigues, Leal e Jardim. Vivemos uma era de cinismo e hipocrisia e o Dr. Emanuel Rodrigues anda às voltas no túmulo. Ninguém na cerimónia o merece!

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 21 de Outubro de 2021
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