Os jovens borraram a pintura


B om dia malta do CM, normalmente boa gente mas também aparecem aves raras. O que me traz por cá são vivências e constatações. Primeiro a constatação. Em tempos, uma maltinha de convívio, maioritariamente de professores com anos na carreira, confidenciavam aos presentes a evolução que sentiam nas escolas. Foi uma conversa verdadeiramente interessante, sem filtro, e que se traduz bem no futuro que nos espera. Vou fazer um parágrafo por cada pormenor que retive.

Primeiro, as turmas estão de há alguns anos para cá a decair na qualidade dos formandos mas, os bons alunos que surgem, são extraordinariamente bons. Vêm mais mal educados de casa, porque os país têm cada vez menos paciência e deixam-nos por sua conta. É assim que se geram os grupos e depois se dá a "auto-educação" gerada por um grupo entre iguais, na idade, sem orientação. O aproveitamento escolar tende a ser melhor porque é cada vez menos exigente, há mais trabalho para o professor, na escola e em casa, local de trabalho que ninguém valoriza e que os prende enquanto os outros gozam a vida. Não acontece em todas as matérias, mas é em parte verdade. Se não houver aproveitamento, nada é culpa do aluno mas do professor que não sabe ensinar, por ditame do sucesso de secretaria tem que passar muitos para não ser mal visto. A exigência do verdadeiro conhecimento deixa de haver para surgir do aproveitamento de qualquer coisa para valorizar. Se ainda assim o aluno vem mal classificado, nem aluno nem pais sentem vergonha, antes se sentem insultados pela nota e vêm enfurecidos reclamar. A "escola" da culpa dos outros.

Os maus comportamentos são desvalorizados por uma nova vaga de Psicólogos encarregados de encontrar todas as desculpas menos a má educação dos alunos, suportados por teorias e uma secretaria que elegeram o aluno como centro da escola quando deveria ser o conhecimento!

Estudar, reter, compreender e interpretar para acumular conhecimento dá trabalho mas, uma geração do lúdico acha que tudo deve ser um jogo, um filme, um formato ligeiro para aprender superficialmente, auxiliados pela pouca exigência que, também por números, se chega a universidade e se tira um curso em 3 anos. Por outro lado, por natureza, aplicação, mérito e um ensino pouco exigente, existem os bons e os extraordinariamente bons. Esses emigram imediatamente, são da Liga dos Campeões. Por serem inteligentes sabem o seu valor.

Esta mediania é de interesse político porque gerar pessoas despachorrentas, que se vendem ao facilitismo que não lhes permite dar o salto, é a armadilha politica para criar dependentes e seguidistas. E estamos a tê-los.

Tudo isto parece-vos mentira? A culpa é sempre do professor porque a maioria não quer ver os seus erros e copia a atitude da culpa dos outros. Até nisso, os governantes levam-nos pela certa, nem mais do que farinha do mesmo saco. O gosto pela cultura, ciência e conhecimento em geral é a maior droga que existe, se fizerem a ignição na formação dos indivíduos, se não o fizerem, a ignição faz-se nas motas a acordar toda gente, na droga, na praia do Porto Santo suja e nas noites de exageros, nas aglomerações da Zona Velha e o desrespeito por avisos do Governo, das autoridades polícias e Saúde. Ninguém é firme, porque a polícia tem medo de acertar nas elites protegidas, o Governo e seus organismos têm medo de perder votos e reconhecer o erro. Por isso chegamos a ter um vândalo perdoado, filho de um alto quadro da Secretaria da Educação.

O que se vê na actualidade é a parte exterior do que se avisa desde o interior das escolas há muito tempo mas, que muitos já encolheram ombros, "querem assim, assim vão ter", levam o vencimento e sonham com a reforma. Os gangues proliferam, ainda não criminosos mas vândalos, porque é a forma de exibirem algum "talento" que impressione os outros ... da mesma índole. Os governos, psicólogos e sociedade que se refugia na culpa dos outros começou a receber o reverso da medalha. Foi a pandemia que revelou tudo.

Depois, como não sabem estar, com certeza surgirão regras duras nas férias do Porto Santo quando algo de muito grave acontecer. As vias rápidas terão as suas "lombas" com radares por todo lado. Tudo porque não há consciência no uso das liberdades.

Se bem percebi, ser Povo Superior é desrespeitar, abusar e insultar os outros.

Muita areia e ainda mais lixo ...
Amanhã, vão aparecer nos jornais, muito queridos, a limpar a praia porque fica bonito?
E vão deixar a pandemia no Porto Santo ou trazê-la para a Madeira?

Curso intensivo de educação e moderação da libertinagem:
não limpem a areia e os espaços públicos por alguns dias no Porto Santo.

PUB: dê LIKE na nossa página do Facebook (link)
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 16 de Agosto de 2021 09:21
Todos os elementos enviados pelo autor.