E stamos em tempos de lideranças fracas fruto de um tempo onde as qualidades humanas e de carácter se diluíram na ganância do EU e desistimos da colectividade. Não vamos longe pensando assim, basta ver pelas alterações climáticas se cada um se achar o único que não pode cooperar e vai prosseguir a sua vida "normal" porque os outros farão essa tarefa. Tempos de catástrofes naturais e novas pandemias aproximam-se e parece que cada um anda na sua alegoria da caverna onde as sombras já nem fazem efeito para pensar um bocadinho. Todos vivem o momento, não tiram experiência do passado para não repetir erros, o governo existe para roubar, a comunicação social para desinformar e entreter, a Igreja repete seus rituais e não se actualiza mas sempre acoplada ao poder. O futebol é onde o povo se expressa em segurança, argumentos e violência para expurgar as suas frustrações de ser manso quando deveria ser reivindicativo e justo.
Estamos num tempo de egoísmo e de falta de respeito pelos outros, pelo seu espaço e sua integridade física. Fruto das primeiras gerações de mal formados que chegam à idade adulta apaparicados por novas teorias que deseducam e tornam muitas criaturas uns selvagens, que acham os outros seus criados, que existem para os assistir num sucesso frágil, desmerecido e sem categoria, para travar na sua ultrapassagem mal feita ou manobra perigosa, seja ela na estrada ou na vida. São aqueles que absorvem todas as oportunidades para outros não terem nenhuma.
Estamos num tempo onde as figuras públicas não são exemplo, mentem, roubam, fingem, querem ser sempre excepção e nós temos que nos fazer de tontos para bem da nossa saúde mental, não passar o dia a barafustar à luz dos nossos valores. Estamos num tempo de JET7 e elites patetas, fúteis, ridículas, mas que mesmo assim têm o direito ao beija mão e às permanentes publicações nos jornais ávidos por tretas que ocupem o tempo.
Estamos num tempo de gente que não lê e pressupõe muito, todos umas estrelas tão qualificadas que só de cheirar um texto já sabem o conteúdo, comentam à sua maneira completamente deslocadas, com arrogância e insolência, enquanto que outros iguais repetem o mesmo sobre uma ideia errada.
Estamos num tempo de malcriados, com uma aparência a preceito para serem aceites pelas tribos, que aliviam o stress ou mostram verdadeiramente o que são na primeira oportunidade de libertinagem, no Porto Santo, na Via Rápida, nos pacotes abertos para as crianças consumirem e aprenderem a roubar dentro dos supermercados.
Tinha tanto para dizer mas, ressalvo que tudo vai da falta de exemplo e da ordem, daqueles que deveriam ser modelo, molde, padrão, protótipo, paradigma, arquétipo, cânone, figurino, espelho, bitola ... e orientar uma sociedade de valores. Tem muito a ver com lideranças políticas, a igreja, o JET7, a Justiça, a falta de mérito nas decisões. Depois de 4 décadas de autoritarismo, que não deixam saudades mas onde ainda havia respeito, estamos agora numa ditadura do quero, mando e posso de gente que não sabe ter poder, efectivo, fingido ou deduzido. O Presidente deve servir os lóbis, é por isso que está lá. O Vice, de saída, compôs as regras de benefício de todos os lóbis, a la carte, por orgânica, por concurso baseado na pessoa escolhida, por ajuste directo, por indemnização ... O "chefinho" deve ter rabos de palha para ser destituído logo que seu lugar tenha passado de validade. Não pode ter virtudes nem capacidade para não brilhar e muito menos fazer sombra, para assim acatar ordens estúpidas. Os funcionários devem ser elementos fieis da campanha eleitoral permanente porque os antigos escravizam-se para aguentar o barco. Toda a elite política, empresarial, de descendência ou de interesse para o colectivo da máfia tem um lugar de contentamento e não importa se a vida até ali não augura nada de bom. O lugar público é uma bolsa de troca de interesses, o oposicionista uma commodity transacionável ...
Todos são umas estrelas de absolutamente firmamento nenhum mas, com passadeira vermelha!
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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 16 de Agosto de 2021 07:18
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