O momento político e o anonimato


N ão tenho qualquer dúvida que houve e há silêncio, sobre aquilo que as pessoas realmente pensam, por saberem que se emitirem opinião, uma série de sabujos tentará o assédio, o insulto e a descredibilização, apoiados por uma estrutura partidária que tudo controla, para amedrontar e conseguir os seus propósitos. Sentem força porque os seus superiores não dão exemplo, não chamam a atenção, não tiram o tapete, não se demitem. A impunidade torna-se lei.

Lamentavelmente, a política na Madeira não é de "Povo Superior" porque num povo já de si pobre, fragilizado e a proteger o pouco rendimento que tem para esticar para todas as necessidades da família, ainda apanhamos com a pandemia e a crise, que corre por cima desta matriz da porca política de vencer as pessoas pelas suas necessidades básicas, em vez do argumento. A pobreza é uma estratégia política para controlar o voto e os serviços públicos, que não funcionam, tornaram-se alvo de cunhas para prestarem os serviços devidos ao contribuinte. É uma vergonha mas premeditado, apesar da muita incompetência.

Por mero acaso, a situação do senhor professor do Curral recompôs-se no que à luz da lei diz respeito mas, ainda estamos para ver como este bando de vingativos, que por nada se demitem, vão virar o bico ao prego e continuar a massacrar. O problema é que todos os outros casos não têm um pouco de sucesso que alimente os lesados. Este é um exemplo, entre milhares nas mais diversas áreas, sobretudo na Função Pública e tudo o que nela orbita, que sofrem de cada vez mais assédio em doses cada vez mais cavalares, por necessidade de encobrir as injustiças e ilegalidades que se cometem em ambiente laboral.

Parabéns àqueles que perceberam que, num momento onde tudo está controlado e comprado, que o vínculo de interesses leva muitas pessoas beneficiadas pelo poder a discutir os assuntos ao nível pessoal em vez de aderir a um debate franco e superior de ideias, sem necessitados e bafejados, numa política e democracia sã. A crispação política na Madeira dá-se com gente a defender o que ganhou com a política e não para o bem comum.

Quando surgiu o Correio da Madeira, dei por ele há dois anos, não concordava e suspeitava das suas intenções, agora sou fã número um porque nada mais fizeram do que dar oportunidade à população de se manifestar de forma protegida e conhecermos os que todos pensam, a maioria embrenhada no medo.

Ser leal no debate neste momento não é produtivo porque não temos políticos decentes que sirvam de exemplo e que cumpram pelo jogo limpo, mérito, carácter e consciência. Eles adoram coelhos fora da toca, não como desafio para elevar o debate mas para os abater. Fazer o jogo deles é ser tonto e condenado. Algumas figuras públicas não entendem o seu estatuto, por terem notoriedade fica feio ao poder abater, devem perceber que gente comum sofre em "anonimato" de agressões que atentam contra tudo nas suas famílias e não temos dinheiro para andar em tribunais, só para comer e ir vivendo. Fica uma pergunta, não é em anonimato que todas as barbaridades e corrupção se dão? Creio que o Correio da Madeira não é mais do que a "fruta da época", sinais dos tempos, há muita gente que não entende o fenómeno.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 1 de Maio de 2021
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