Um emplastro de fato é outra coisa

 


Ser emplastro é a melhor coisa do mundo na Madeira

T oda a gente quer um tachinho à sombra do Governo Regional, até Cristina Pedra, grande empresária de estufa de que ainda ninguém falou mas, é a principal beneficiária das obras no Porto do Caniçal com as operações portuárias, mais do que o Sousa. Isso é que é tilintar e facturar sem custos fixos, nesta crise é um regalo quando tantos hotéis estouraram o pé de meia para pagá-los. Cristina Pedra é uma coincidência estar cravada no governo. É aqui que se pergunta porque é que os 190 milhões de euros do seu mordomo Rui Barreto não aparecem a salvar os empresários. Alguém acabou com o foguetório dos 190 milhões de euros perguntando para quem foram. Do dia para a noite, acabou a conversa para não mostrarem a lista, há-de aparecer um dia alguma coisa, assim como já aparece a realidade que cobre a suspeita de muitos que, pejorativamente, chamam de conspiradores e que mais não fazem do que estar atentos e fazer contas que nunca batem certo. Como os números de infectados da Covid-19. Quem não entrega dados à DGS faz o mesmo com menos testes para dar menos infectados, depois aparece o Rt elevado. Os conspiradores que diziam que o governo queria proteger o Turismo escondendo números, ganharam pontos mas o problema é que isso não compensou e, um secretário gabarolas, o Pedro Ramos, que gozava de Lisboa, agora meteu a viola no saco porque está bordeaux grave no mapa de infecções da Europa, sinalizado negativamente pela Alemanha que se abriu a Portugal ... menos em 3 regiões, onde se inclui a Madeira.

Mas nesta coisa de desbocados, Miguel Albuquerque ganha com larga vantagem, estamos a entrar num tempo mais seco, altura de colocar velinhas a todos os santos para que não diga "controlado" e ficarmos carbonizados. E se é essa a política actual da Madeira, com um isolamento chanfrado que insulta os outros para esconder os fracos políticos e políticas que temos, a miséria social e económica, os impropérios ainda não terminaram naquele orgulho de espertalhão que não pára.

Miguel Albuquerque, em tempos, quis queimar Sérgio Marques, numa conversa positiva mas maldosa, inseriu o apelido "Broquilha", temos depois, ao perfazer dois anos e com o horror nas ribeiras do Funchal foi posto a andar, quiçá resultado da perda do Funchal nas Autárquicas. É tão bom ser chefe e atribuir culpas, mas quem facturou, lucrou e recebeu luvas? Curioso, agora Albuquerque quer Estrada nas Ginjas, nada mais e nada menos, do que uma ribeira do Funchal transportada para a Laurissilva porque aquilo é só escorrências e degelo para canalizar. Fortes lambadas. Quem é do Funchal e olha para as serras de Santo António todas limpas para a reflorestação pensa se ali, com fortes chuvas o Presidente do Governo não vê escorrências mas desta vez sem coberto vegetal. Estão acautelados ou vão refazer obras loucas como as do Amílcar Gonçalves a montante na Ribeira de São João? Um autêntico despesismo, sorvedouro de dinheiros públicos escondidos da população, que primeiramente meteu pedras sobre pedras numa ribeira, usando o coberto vegetal (coisa única) para disfarçar o erro e que agora passa ao imperativo de facturar betão.

Mas isto de queimar, Miguel Albuquerque não se fica por aqui. Mesmo tentador, para o almejado tachinho no governo, pergunta-se quem será o candidato a vestir o papel de Emplastro no CINM, agora odiado pelo GR porque deixou de dar mama? A novidade é que agora se queima por antecipação mas, se pagar bem, o que importa ser o Emplastro do GR se há tantos e só este, por ódio, é que já ganhou fama? Venha o tachinho do governo, com esta pobreza franciscana que vivemos o que importa é ter dinheiro na algibeira, só quem não é empreendedor é que está bem na vida. Curioso não é verdade? Um fotografo cadastrado com vencimento de 3.500 euros mês, mais regalias, é bem melhor do que um empresário responsável metido em alhadas pela Covid-19. Um advogado inútil, com tacho na Assembleia e 25.000 euros para fazer perder o Governo Regional é bem melhor do que um quadro da Saúde mal pago à mercê da Covid-19.

Todo este silêncio que permite estes desaforos, mais a impunidade, está a volta de um facto, o ganhar a razão ou o sucesso martelado usando a razão da força e não a força da razão.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 14 de Março de 2021 11:22
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