Os tiques do Gonçalvismo no ex-hotel Avenida

 

C arlos Gonçalves, atual presidente da Direção do Conservatório de Música da Madeira, destacou-se como professor, gestor danoso, oportunista, compositor plagiador, autor de livros com investigação feita por alunos e coordenador da educação artística nas escolas da Região Autónoma da Madeira.

Desde tempos imemoriais quis ser o dono do ensino da música na Madeira e, em simultâneo, o dono de tudo o que mexe nas artes, o que não surpreende, vindo duma pessoa com tiques ditatoriais e provincianos, ao melhor estilo dos déspotas da Tabanca.

Sempre quis ser presidente do Conservatório, não para poder contribuir para a qualidade do ensino da música na Madeira, como foi o exemplo dos seus antecessores, desde logo o Engenheiro Luiz Peter Clode, mas apenas porque vive obcecado com o controlo da música, das artes e de quem as faz, o que não surpreende vindo de alguém da sua índole. 

Para os menos atentos, a sua passagem pelo gabinete coordenador da educação artística, deixou a alegre recordação de um saco azul que foi objeto duma auditoria do Tribunal de Contas. Continua por esclarecer que investimentos foram feitos a coberto dos cachets arrecadados por essa prosaica associação, hoje extinta.

 

Será que o ativo acumulado até 2016 de 349 mil euros já reverteu integralmente para a Região? E o saldo de tesouraria de 197,1 mil euros? Reverteu alguma coisa para os professores e funcionários que foram obrigados durante anos a trabalhar aos fins-de-semana sem para isso serem pagos? E as progressões na carreira? Foram todas feitas depois de obrigar os professores a pagar mestrados para justificar o seu pseudo-cargo de professor Doutor da “Valleta” (capital de Malta para os leigos)? Ou foi apenas para seu cabotinismo académico, uma vez que na Universidade ninguém o quer por perto à semelhança de um elemento de peso da Rua dos Ferreiros, a sua homónima no modus operandi, Maria da Paz Rodrigues, Diretora de Serviços de Dinamização Cultural, a quem assentaria que nem "Ginjas" a chefia de mais esta instituição para explorar artistas.

Resta perguntar, ainda, se o único ganho resultante da fusão do gabinete de educação artística com o Conservatório foi  o aumento de ordenado de Carlos Gonçalves de diretor de serviços para diretor regional, foi o jogar para debaixo do tapete  a “Associação do Saco Azul” que começava a dar sérios problemas por causa da auditoria do Tribunal de Contas, ou foi premiar os fervorosos seguidores do Zecchino d'Oro da Travessa do Nogueira, uma espécie de festival de aviário, plagiado do concurso musical internacional para crianças, “comandado” pelos tachistas Jorge Topo Conduto e Virgílio Gigio Caldeira.

O Doutor da “Valleta” (apelido imputado pelos docentes indignados com a sua postura à Mussolini) é tão sensível às artes como é as árvores, que o digam as que já foram “despachadas” para arranjar espaço para os carros ali poderem estacionar. É também tão respeitador do património e da nossa identidade que, entre outras coisas, mais e menos relevantes, desfigurou o emblemático Hotel Avenida com o corolário da sua grande obra: a “Senzala do Café”. Para quem desconhece é uma cubata anexa à parte oeste do edifício, reflexo do bom gosto e sentido estético deste dirigente.

O Conservatório de Música, outrora uma casa de referência nacional, é hoje o pardieiro do Gonçalvismo, um pandemónio sem orientação, com uma visão estagnada na década de oitenta, sem estratégia e completamente à mercê dos egos, megalomanias e malabarismos do seu presidente e respetivo séquito acéfalo, tudo escolhido a dedo pelo Senhor Secretário da Educação.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 14 de Março de 2021 05:42
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