O erro que nos mata

 

V oltamos à eterna discussão desta pandemia, Saúde Pública vs Economia. No início de tudo isto parecia lógico que fosse a Saúde Pública porque ninguém queria acreditar que os meses se passassem e qualquer dia vamos há um ano nisto. Depois começou a crise económica e verdadeiramente ninguém apoia ninguém, é a resiliência de cada um que conta, uns mais e outros menos. Baixamos a guarda com a Covid-19 por causa da economia, porque não há condições criadas pelos governos para termos uma perspectiva positiva de parar e reatar com o mínimo de baixas a todos os níveis.

Naturalmente confirmamos que o nosso Governo Regional não tem dinheiro para mandar cantar um cego, nunca fez um fundo de emergência, o que tinha gastou em amigos de todo o tipo mas sobretudo em obras. Depois, acusa Lisboa para colocar a situação dos nossos empresários sob o guarda-chuva nacional, lava as mãos e estende uma por esmola da U.E.. Os apoios do GR são empréstimos às nossas custas e não se vê, para além do Layoff, um único instrumento real para ninguém fechar portas enquanto se fazem confinamentos para atacar o Covid-19. É por este desassossego e por alguns não terem experimentado o Covid-19 agreste que surgem os que discordam do confinamento. Parar é morrer, provocar o desabamento de uma vida de trabalho.

O nosso erro está em querer contentar politicamente todos, a verdade é que temos num momento vencer a Covid-19 e depois passarmos à economia. Mas não pode ser com as regras tradicionais num momento novo e anormal. É que assim, mesmo com o estimulo da vacina, estamos a nos enganar todos os dias. Não fazemos bem absolutamente nada nem Saúde nem na Economia.

Não se esqueçam que a Bazuca pode ser como a vacina, para produzir resultados vai demorar ... se tivermos um Governo Regional decente e não voltado para os seus amigos, como até aqui, provocando-lhes facturação ... quais "apoios".

Também não se esqueçam que nestas horas de aperto não vemos a utilidade dos senhores da verborreia, do chico-espertismo, dos jogadores, etc. Os palermas que em tempos comuns nos enchem TVs, Rádios e jornais. Este momento é para profissionais, para o conhecimento e os verdadeiros líderes mas só temos tachistas com chorudos ordenados públicos e, os mais capazes, a desterrar as suas vidas porque sentiram-se capazes de arriscar por sua conta.

Há muito tempo que este país mata empresários, de crise em crise, e nunca mas, nunca mesmo, foi capaz de os reabilitar. Por esta razão, queimados no seu país por estruturas rígidas de banca, fisco e segurança social, não têm outra alternativa que não partir. A história vai se repetir.

Vamos deixar de ser "campeões", olhar para as pandemias passadas e reter experiências, vencer um dos dois desafios de cada vez, ouvindo o que dizem os especialistas, a Covid-19 vai para pior, que se vão os anéis mas fique a saúde e aprendamos a viver de outra maneira, menos consumista e mais eficiente. Foi ensinamento da Covid-19. Passado este momento vamos ter muito que falar sobre governos, banca e fisco. O contribuinte ajuda sempre a banca mas agora ninguém ajuda empresários.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 12 de Janeiro de 2021 19:50
Todos os elementos enviados pelo autor.