A Secretária do Ambiente desperdiça apoios porque anda a leste

 



O PSD-M continua a menorizar a Autonomia com a acusação fácil que esconde a falta de trabalho, a propósito de um programa do fundo ambiental para tornar os edifícios mais sustentáveis. No tradicional queixume lamentam de não ter vindo para a Madeira. Parece que se ignora que a Região tem a sua Autonomia para gerir como desejar. O problema não é o continente, o problema é o Governo da Madeira andar distraído com obras inúteis, para enriquecer alguns, e esquece-se destes pormenores, onde poderia aplicar melhor o dinheiro do Orçamento da Região. O continente não governa a Madeira e, até há bem pouco tempo, em tom de ofensa, diziam que na Madeira mandavam os madeirenses ... quando havia dinheiro. Agora o disco mudou.

Os anúncios nacionais não são contra a Madeira, nem marginalizam, estão no âmbito do Governo da República mas isso, ao se tornar notícia, mostra o que o Governo Regional não se lembra de fazer o mesmo através da secretaria do ambiente, da AREAM e de toda a prole de tachistas, técnicos especialistas e parasitas dos negócios nesta área. Tanta gente e tudo falha.

A senhora secretária do ambiente deveria ter uma postura mais séria perante as notícias e se deixar de jogar areia para os olhos das pessoas. A questão é esta, porque não fez a secretaria do ambiente, à luz da Autonomia e do Orçamento Regional, uma linha de apoio real aos particulares para tornar os edifícios mais sustentáveis? Esta questão de atirar contra Lisboa, para esconder a falta de Governação Regional, já cansa. Qualquer dia vamos chegar à conclusão que o PSD Madeira não só infligiu um pesado retrocesso autonómico endividando por demais a Madeira, como é incapaz de criar mais valias aos seus eleitores, porque está viciado em esquemas para o sistema que vive do erário público, esgotando toda e qualquer verba, a par do pagamento da dívida, para criar este tipo de apoios. Diga a verdade senhora secretária, o Pedro Calado limpa tudo para obras e é miserável o orçamento para cada secretaria.

Muitas casas particulares precisam de substituir o travejamento de madeira dos telhados e, com isso, aproveitar para construir em metal galvanizado com uma solução de telha com rotura térmica. Não só janelas e portas. Também as paredes podem ser revestidas por fora, com material que provoque rotura térmica. Os madeirenses têm falta de rendimento disponível para estas obras e, basta um telhado provocar dissabores, para uma casa se tornar inabitável e haver mais uma família a bater à porta do Governo para obter habitação social.

Aliás, nesta matéria anda tudo ao contrário, mais pobres logo mais desalojados, solução? Mais habitação social,  logo interessa ter mais pobres. Por isso o Governo Regional não actua para disponibilizar mais rendimento às pessoas. É sempre o mesmo esquema, matar para criar dependência para depois "extrair o voto". O Governo Regional prepara-se para atribuir mais dinheiro a construção civil. Nos quadros comunitários de apoio a recuperação do Covid-19, desvirtuando tal como na Lei de Meios. Agora o que vem disfarçado de apoio a habitação social? Veremos ... não é por acaso a boca de Miguel Albuquerque a endeusar as obras na Madeira ... que vão prosseguir.

O Governo Regional não se sintoniza com a República e depois quando aparece dinheiro chora. Por exemplo, na Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030, um documento elaborado pelo consultor do Governo, António Costa Silva, e apresentado no final de julho, a floresta é considerada como um “ativo crucial” de Portugal, com um papel estratégico na recuperação económica do país e no desenvolvimento do interior e ilhas. A senhora secretária já se sintonizou ou continua na sua política da fotografia a meio da serra com plantações a secar como no Paul da Serra? A lagoa foi destacada com um plano de revitalização da mancha verde mas, por agora, parece o mesmo engodo que dão às pessoas para construir mamarrachos à conta do "emprego".

Ainda sobre esta Visão Estratégica, lembro à secretária do ambiente que esta visa orientar um futuro Plano de Recuperação do Governo a ser apresentado à Comissão Europeia, como forma de alocar os fundos europeus disponíveis. Nesse sentido, uma das linhas de investimento propostas no documento está direccionada para a dinamização de clusters no Interior do país. Vários destes clusters – que cruzam investigação, empresas e desenvolvimento económico local – estão ligados directamente à valorização do território e da floresta. A Madeira e os Açores estão destacados para a promoção como paraísos da biodiversidade, ligados à diferenciação da oferta turística. Senhora secretária do ambiente, o Governo Regional vai pavimentar a Estrada das Ginjas, você não se opõe, como quer ser levada a sério pelo Governo da República. E como se vai encaixar com este Governo Regional a traçar um outro caminho que não vai beneficiar dos fundos?

A senhora secretária percebe porque deve ficar calada, deixar a maldade e a propaganda e começar a defender a floresta dos lobbies do PSD Madeira? Falta trabalho!

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Sábado, 5 de Setembro de 2020 06:47
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