Incêndios vs Ferry

 

Os Donos Disto Tudo tornaram-se pirómanos da Madeira mas,

poderão experimentar a sociedade em chamas que construiram.


A vertente sul da ilha, entre os concelhos do Funchal e a Calheta (mas não só), carecem de vigilância em cotas mais baixas e a aplicação dura da lei (para exemplo) sobre uma série de indivíduos (não tenho dúvidas de fogo posto) que frequentemente geram incêndios pela calada da noite e madrugada.

A noite é escolhida para ajudar à propagação de incêndios, em mata e floresta, porque assim evita a deslocação do helicóptero (que não faz serviços nas horas nocturnas) para combate das ignições dos incêndios, evitando o seu alastramento e piores consequências. Uma noite com temperatura de Verão e vento é o sonho de qualquer pirómano.

Quero neste momento fazer um paralelismo. O Governo Regional que seja uma entidade decente que olha por todos. Já ninguém discute a utilidade do helicóptero, muita pedra se partiu em discussões que talvez só ocorram na Madeira, local de intensa estupidez política onde se destrói a boa governação, de forma premeditada, porque ninguém quer dar o braço a torcer nem assumir os erros de posicionamento, consumação ou de argumento.

O ferry de ligação Madeira - continente, é um tema igual ao do helicóptero, está de caras a sua utilidade por toda a Europa, como meio fácil (self-service), económico e ágil de transporte de bens e pessoas. É o meio mais versátil e rentável. Se há discussão a este nível é por maldade, o ferry é como o helicóptero, faz um serviço ponto a ponto, onde desejarem, com um custo de funcionamento irrisório se comparado com outros meios mas com uma eficácia fantástica.

O nosso atraso social, económico e intelectual deve-se a gente que ganha a vida com a ignorância e a insistência de de métodos ultrapassados. O helicóptero funcionava nas Canárias com ilhas com a mesma orografia (e fios) da Madeira mas, ninguém queria saber disso. O ferry nas Canárias é negócio maduro, com imensas linhas e cada vez aparecem mais, nós somos de novo uma ilha muita rara, cheia de problemas (oriundas da cabeça e não da conjuntura), nem uma ligação com o continente conseguimos.

"Deixa arder". Da maneira como vai a economia da Madeira, o crime a crescer, as vinganças incendiárias a multiplicar-se, a pobreza e o desemprego a alastrar, a Região será em breve um lugar que não poderá vender a segurança do Pedro Ramos quer nem terá a beleza verde como património natural à conta dos construtores do regime. É preciso inovar através do ferry, permitindo novos negócios e produções para a exportação, novos eventos (os nossos estão a cair aos bocados, cristalizamos), novos hábitos e outro mercado turístico. Não se pode andar a proteger capelinhas dos DDT do regime, transporte marítimo e hotelaria, há mais vida, oportunidades e mercado. Parece que ao longo do tempo todos puderam falir ou ver as suas profissões se extinguirem, os mercados podem mudar e eliminar tipos e formas de comércio mas só os negócios do DDT's são intocáveis ... como os bancos.

Os ricos da Madeira Nova que se cuidem, qualquer dia sê-lo será uma ofensa porque será ainda mais evidente que existirá de um lado uma sociedade pobre e dependente da caridade e do outro alguns imensamente ricos. Nessa altura, o povo sem mais nada para ter medo de perder, vai olhar para eles como obstáculos de uma economia sustentável e justa com todos, inibidores de oportunidades para segurar um assistencialismo a meia dúzia de, cada vez mais ricos e viciados, a sugar o erário público.

Quando começar o fogo posto nos DDT's, por transferência de vinganças, injustiças e frustrações, não mais parará. Um mercado não funciona com todo dinheiro na algibeira de meia dúzia, nem mesmo para eles mas, a estupidez e a ganância é total.


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Sábado, 5 de Setembro de 2020 10:51
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