S abe-se que o medo do COVID e o fecho do aeroporto da Madeira fez Miguel Albuquerque e o PSD-Madeira subir na intenção de votos para uma nova maioria absoluta. O CDS sabe que se for agora para eleições regionais antecipadas não tem qualquer hipótese e corre o sério risco de desaparecer do mapa político regional. E se os cenários politicos já não fossem maus para o CDS, o aparecimento de partidos à direita do CDS, como o CHEGA e os Liberais colocam os seus líderes à beira de um ataque de nervos.
Mas nos pensamentos mais íntimos do CDS existe ainda uma ténue esperança de continuar a ser um partido charneira para o PSD ou mesmo, quem sabe, para o Partido Socialista de Paulo Cafôfo.
A estratégia do CDS é perdurar o mais possível o XIII Governo Regional, porque sabe que quanto mais tempo perpetuar e adiar umas eventuais eleições antecipadas, pior será para o PSD-Madeira e consequentemente melhor para o CDS. Nitidamente o CDS-Madeira está quieto e calado a engolir sapos com a clara intenção de esticar o XIII Governo Regional até uma melhor data.
Já todos percebemos que o XIII Governo Regional está a cozer o povo em banho-maria, isto é, ninguém neste Governo tem a mínima ideia do que fazer e como fazer, e por isso estamos à beira de uma crise económica sem precedentes, muito similar à grande Depressão de 1929, que deu origem à Revolta da Madeira.
E se a descrença e desgraça já não fossem más, a expectável segunda vaga do COVID já em novembro de 2020 e a consequente crise económica em dezembro, fará desaparecer todo o capital político que Miguel Albuquerque ganhou na primeira vaga do COVID, colocando o PSD-Madeira nos níveis de 2014.
E se os estrategas do PSD-Madeira julgam que esperar pelos resultados das Autárquicas de 2021 possa ser uma boa estratégia, enganam-se. Claro que tudo isto é um pouco imprevisível mas o mais certo é que vai depender dos danos da 2ª vaga na atividade Económica e do Turismo no primeiro trimestre de 2021.
E como um mal nunca vem só, já todos percebemos que as Finanças deste Governo não estão a funcionar. A Economia e o Turismo precisam rapidamente de uma injeção de dinheiro vivo e este Governo Regional perde tempo em ninharias sem nenhuma estratégia estruturante. Sinceramente, o PRERAM- Programa de Recuperação da Economia da Região Autónoma da Madeira parece uma carta escrita ao Pai Natal e o pior é que a Vice-presidência limita-se a fazer uma gestão financeira do tipo FIFO- Fast In Fast Out, isto é, os primeiros a chegar levam o dinheiro!
Se tudo isto não fosse mau, o crescente descontentamento interno contra Miguel Albuquerque pode provocar uma crise no partido e, a eventualidade de haver um novo líder, pode não dar tempo a se organizar para eleições.
Por tudo o que acima foi dito, não tenhamos dúvidas que o CDS-Madeira planeia puxar o tapete ao PSD e despoletar uma crise política já em janeiro de 2021.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 18 de Agosto de 2020 17:55
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