O vírus e a negligência



S ou dos que são contra o uso obrigatório das máscaras na via pública. Considero que o uso das máscaras é uma questão de bom senso, civismo e educação. Se as pessoas não têm educação e civismo cabe a cada um de nós fiscalizar o próximo.

E em que condições é que se fiscaliza? Usando sempre o bom senso. Não faz sentido nenhum obrigar uma pessoa que vai sozinha do outro lado da rua a colocar a máscara. Julgo que essa pessoa deve ter o bom senso de colocar a máscara sempre que se aproximar de uma terceira pessoa.

Eu já entrei num elevador - que é um local de risco elevado - e pedi ao senhor que já lá estava para colocar a máscara, ele muito amavelmente pediu desculpa e acedeu ao meu pedido. Portanto haja bom senso e educação que todos cumprimos.

Mas não é lançando o pânico nos menos esclarecidos com uma Lei, que não pode ser Lei, porque não foi votada na Assembleia Regional que se consegue a colaboração de todos. Francamente Sr. Presidente com tantos assessores especialistas em marketing e comunicação a “Lei da Máscara” foi um claro atentado à inteligência dos madeirenses. 

Sejamos realistas. O uso das máscaras pode salvar vidas? Pode! Mas não chega.

De que serve ter uma máscara, se depois estamos aos abraços e aos beijos nos convívios? Meus caros, o vírus SARS-cov2 também se transmite pelo suor e pelos contactos com as superfícies. Já vi pessoas muito cuidadosas com a máscara passarem o telemóvel de um para outro. Na altura só me deu vontade de rir, mas o que eu devia ter feito era avisa-los que não deviam fazer isso.

E quem de nós já não viu centenas de pessoas a apalpar e a rebolar frutas e legumes nos supermercados? 

O facto de um infetado desinfetar as mãos à entrada do Supermercado não o iliba de ser portador e disseminador do vírus. E por isso sou dos que defendo que as frutas e os legumes já devam estar previamente pesados e embalados, mas como isso mexe com a margem de lucro dos supermercados, os Governos esquecem-se de legislar esses pormenores da Higiene e Segurança das Empresas. 

Decididamente, a última coisa que devemos fazer é entrar em pânico, sei que todos temos medo de morrer, mas os nossos comportamentos é que ditam a probabilidade de ser infetados. A nossa função é reduzir a capacidade de disseminação do vírus e por isso cabe a cada um de nós tomar as devidas precauções, informando os outros dos cuidados que devem ter.

Não os obriguem, ensinem-nos!

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 4 de Agosto de 2020 09:32
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Nota: hoje ainda aparece um pequeno tachista da ARAE-CDS-PP a dizer que sob esta matéria nada tem a ver, é mais "um lobo não me toques".