Um elogio a Paulo Fontes e ao RVM



T enho estado a apreciar as baterias carregadas contra o RVM e Paulo Fontes no CM, concordo em larga percentagem e acho que no meio desta cultura de pensamento único reinante, em que um ou poucos determinam e o resto faz coro e batem palmas, cometem-se erros de palmatória que, só quando são acusados, é que os próprios acordam para a vida.

Os efeitos da pandemia são tão claros e mortíferos que a discussão em torno do rali nem se punha, deveria ser cancelado, como tantos outros eventos, como concertos de Verão e o Futebol a observarem a dualidade de critérios. É de idiota criar um medo tremendo no início da pandemia para fechar portas e vermos os quase heróis da "vida normal" a querer se impor, fartos e a baixar a guarda. Continuamos, apesar do sucesso do "fecha", a ter a mesma Saúde Pública, única que dá resposta, sem condições para enfrentar um surto na Madeira. Podem dizer o que quiserem na propaganda, esta é a verdade.

Hoje, o JM traz as alterações ao rali, comparativamente com outras edições. Sob o ponto de vista dos fanáticos é uma tristeza, sob o ponto de vista do líder do rali, Paulo Fontes o intempestivo, vê-se que se sentiu irritado com algumas observações e até ensaiou algumas respostas que correram mal mas, porque o rali é grande mas a pandemia imensa, desceu à lucidez e à capacidade de ver que ia ser rato a namorar o queijo da armadilha. O bom senso prevaleceu. Quero aqui salientar isso, porque o CM deve ser de todas as verdades e também de elogios, quando merecem.

O que importa agora realçar é que não havendo bom senso para não se realizar o Rally Vinho Madeira este ano, depois de uma reacção do tipo "quantos são" que pode tudo, Paulo Fontes delineou um rali para minimizar responsabilidades e mostrar boa fé, o que o vai ilibar caso haja um surto oriundo nas concentrações do rali. O GR, o seu vice-presidente, levam de borla essa correcção.

A bola, ou o pneu neste caso, está do lado do espectador, ou compreende a dimensão do problema que enfrentamos e que nos vai reduzir a economia a pó, ou então vão perceber que o rali que dá ganho a tascas não se chama economia. Economia é algo muito maior e do tamanho da pandemia. Ligue a TV e veja outros muito mais fortes do que nós a cair.

Julgo que temos demasiados funcionários públicos, os tachistas, que formam estas correntes de opinião. Assalariados sem medo de perder rendimentos nunca entenderão a economia real e acreditam piamente que manter o GR fechado até se poupa dinheiro e que o rali é a economia.

Parabéns ao Paulo Fontes, depois da revolta e da ira ... o bom senso de mitigar.



Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 4 de Agosto de 2020 11:21
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