A oposição em claro controlo dos fluxos de informação


A dimensão, a qualidade da cobertura, onde sai, como sai, a que horas sai, depois do quê ou em paralelo com o quê, a preferência partidária do jornalista que cobre, a impressionante falta de meios para uns que desequilibra para a dedicação à propaganda do Governo ou do PSD, isto e muito mais acontece, uma e outra vez, nas campanhas eleitorais da Madeira e têm um objetivo.

Há muita coisa que a oposição não quer entender sobre a população e que lhe daria votos, para já querem ganhar à sua maneira longe dos interesses da população e, depois, a população não tem a imagem que julgam ter, é a que deixaram passar na comunicação social.

Apesar de muitos se sentirem estoirados pelas jornadas de campanha eleitoral, o seu trabalho é localizado e a difusão regional depende do jornalismo que temos. Quando o jornalismo depende integralmente da bajulação aos seus patrões que são oligarcas do regime, que por sua vez financia os órgão de comunicação social porque, caso contrário, não sobreviveriam, esta realidade é, à partida, um mau berço da notícia. Os jornalistas que zelam pelo seu ganha pão, obrigatoriamente zelam pelos interesses dos oligarcas seus patrões, pelo partido e governo que lhes paga o sustento com subsídios e publicidades.

Lamentavelmente, o único partido que percebeu que não pode estar dependente de humores, apetites e ambições do média foi o Chega. Não gosto do partido, mas reconheço o trabalho nas redes sociais que lhe permite dizer o que lhe apetece com liberdade porque depois através das redes sociais compensa e vence a comunicação social. Não é inocente que o eleitorado base do Chega sejam jovens, justamente a pecha dos partidos tradicionais.

Mais uma vez, os partidos da oposição na Madeira não tiram experiência das eleições passadas, são autenticamente cilindrados pela comunicação social em favor do Governo e do PSD. Os partidos da oposição têm a mesma falta de lucidez como o eleitorado, por estarem acostumados a um ram-ram eleitoral, foram mentalizados pelo regime a não sair da caixa, deixam-se instrumentalizar pelas vaidades de morte com a comunicação social. É perda de tempo apostar em espaços que estão lá para fazer a vez e que matam o trabalho no terreno. Volto a repetir, não vale a pena estarem ocupadíssimos, estoirados, assoberbados, se entregam a difusão da mensagem a quem tem por função controlar os fluxos de informação em favor do Governo e do PSD.

Esta situação cria no eleitorado uma dormência que leva a concluir que a oposição está apática, que não luta e que não tem fibra para ser alternância nem merecer o voto.

Os fluxos de informação mantêm a oposição em dormência mediática (nada de novo), ninguém nota no alvoroço. No outro lado também há gente a observar isto. Por sorte o PSD deverá cair, um bocadinho, naturalmente, se não inventarem um volte-face. Basta ativar Cafôfo arguido. Nas próximas semanas segue-se o barulho que nada vale. Já está tudo decido, é só manter em salmoura, observando o que pretendem as sondagens.

Muito se goza do Ventura ser sempre "candidato na Madeira", mas aparecer no cartaz ainda é o menos, deveria era trazer a máquina do continente para a Madeira e dar uma lição nestes partidos que não enxergam absolutamente nada do palco inclinado nas mãos dos responsáveis pela difusão das suas notícias. Um elemento da oposição pode até partir pedra todo dia, com o controle dos fluxos de informação, o seu opositor depois de acordar ao meio dia depois de uma grande farra no dia anterior e tendo a tarde para tratar calmamente a ressaca, basta-lhe tirar uma foto e receber as boas graças do jornalismo e das redes sociais.

Só quem não vê a disparidade entre o espaço e tempo das notícias e as oportunidades de tempo de antena, com todos a falar ao mesmo tempo, é que não percebe como comentadores, do tipo Mário Gouveia e outros, falam sem contraditório pelo tempo que quiserem ou de como os comentadores do DN se perfilam pelos interesses do jornal, dos patrões, dos oligarcas, do governo e do PSD. É tácita a autocensura para permanecer no escaparate da notoriedade.

A vitória do PSD nas Regionais legitima o Governo, Albuquerque, a Corrupção e o PSD, apaga as culpas e entra num novo ciclo, é isso que estão a construir com o beneplácito da oposição.

Os elementos da oposição ficam seduzidos pela bondade eleitoral da comunicação social, entram na vaidade de aparecer num órgão oficial que os mata, através do açambarcamento e doseamento da informação. A oposição é tal qual o pobre ostracizado, com um pouco de carinho e sorriso interesseiro na campanha eleitoral, os seus ladrões e carrascos vencem de novo.

São os carolas das redes sociais que aguentam a oposição, apesar do momento único, continuam as mesmas bestas de sempre.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 26 de abril de 2024
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