Ponta do Pargo: uma amostra de fazer inveja.


J á está em marcha o branqueamento habitual da Opinião Pública relativa aos devaneios do nosso Governo. Com o alto patrocínio de ambos, DN e JM, usam e abusam de opinantes ligados à máquina para fazer passar a ideia de que o projeto anunciado é a última bolacha do pacote e que irá revolucionar a área, uma maravilha para a criação de postos de trabalho e riqueza infindável para os locais.

Afinal 20 milhões de euros ainda deve ser pouco para tanto golfe. Não esquecer, vão fechar a zona do miradouro, passa a ser pago como o Cabo Girão. O campo é para concessionar a privados. O Governo constrói com o dinheiro dos madeirenses e depois dá aos do costume para ficarem com o lucro. E inclui um hotel. Tanto posto de trabalho de qualidade a ser criado, toda a gente sabe que na Madeira os trabalhadores de hotéis recebem fortunas e fazem horários levezinhos. É melhor adicionar já uma rota extra Ponta do Pargo – Funchal só para todos os Calhetenses que irão estudar para a Escola Hoteleira no próximo ano a pensar no futuro de tremenda riqueza.

Isto sem falar de tudo o que se vai lucrar fora do campo. Agora mesmo, ouvi a carreirista política de profissão, Nivalda, dizer nas jornadas do JM que vão 400 pessoas por dia ao Porto Santo só para jogar golfe. Coitada da Nivalda, já não deve pôr os pés no Porto Santo há anos, não sabe que o campo de lá está às moscas, e então dispara um valor três vezes superior à utilização anual do aeroporto da ilha dourada. A próxima teoria será que quem vai ao Porto Santo jogar golfe vai de Lobo Marinho, porque o balanço ajuda a melhorar o swing.

A palha come o burro.

Qual foi o comércio que prosperou à volta do campo do Santo? Os que lá vão jogar comem e bebem no espaço do próprio campo, que não estão para as tascas de sidra. Não fosse o mercado no fim de semana, o comércio local há muito tinha fechado portas.

O Porto Santo é uma coleção de projetos mal-amanhados que não servem ninguém. O campo de golfe, o Penedo do Sono, o campo de desportos radicais, a praia sem areia à custa do porto de abrigo. Os tais devaneios que serviram para canalizar muitos milhões da Europa e dos madeirenses, para o bolso das construtoras que têm Albuquerque e Calado no anzol, tal como antes tinham Jardim. Ficam para a posteridade como mamarrachos em terra de pobres, que são pobres apenas porque tiveram de os pagar a todos sem exceção.

A palha come o burro. Na Madeira, o burro come e bate palmas.

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Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus. Gálatas 5:19-21

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 6 de Dezembro de 2022
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