Negócio na hora

 

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Os maiores flops que nos custaram fortunas
tiveram origem nas tecnologias, ainda estão
presentes muitos casos do IDE, EEM e Governo Regional.
Mas continua-se a acreditar na sorte...

H ouve um tempo em que as empresas deveriam provar em concurso público a sua idoneidade, provas de domínio da área e de robustez financeira para honrar compromissos com o Estado, também com o Governo Regional. Por vezes, era tudo tão escriturado para resolver qualquer problema à partida, inclusive com garantia bancária, que poderia ser acionada pelo lesado. Pedro Calado, no outro tempo da CMF, enquanto construía a dívida com os amigos apertava os outros, fazia contratos onde dizia que a entrega de mercadoria presumia posse e propriedade dos bens fornecidos, mesmo sem pagar.

Naturalmente que houve outro tempo onde se simulava tudo isto com 5 empresas combinadas, depois três, até que chegamos à era dos ajustes diretos, onde os representantes do Governo Regional estão tão envolvidos com as empresas que é um regional porreirismo. De há poucas semanas para cá começarem a surgir negócios desfeitos sem o aval do Tribunal de Contas e de empresas lesadas que cada vez mais se manifestam.

Continuamos a evoluir, agora em tempo canhão e, da "empresa na hora", passamos ao "negócio na hora".

Gostei de perceber que 5.ª conferência 'Inovação e Futuro', um evento organizado pelo DN-M e pela NOS Empresas decorreu no inevitável hotel Savoy Palace, a 10 de Maio deste ano. Por lá estavam muito preocupados com a privacidade dos dados e falaram da encriptação e 'tokenização' dos mesmos. Deve ser para as eleições de 2023. Longe de mim levantar qualquer suspeição, só quero verificar como os novos tempos do 5G, Inteligência Artificial e Bitcoin mudam tudo para a velocidade da luz, porque no dia 27 de Maio, deste ano, uma sexta-feira, é criada uma empresa pelo orador, que imediatamente consegue celebrar um protocolo com o Governo Regional para a "promoção de um ecossistema empresarial competitivo, apostado na inovação e com capacidade para projetar a economia madeirense no plano internacional", no Conselho de Governo da quinta feira seguinte.

O DN-M está com uma força de fazer currículo numa intervenção de conferência, as empresas vão se por de fila para participar. Claro que, zelando pelo tecido empresarial da Região, o senhor Presidente do Governo visitará para dizer que trabalha aos que chucham. Também vão ter que pedir encarecidamente para serem convidadas para estes protocolos canhão? Vão lhe dando palco, de tonto não tem nada.

Estou satisfeitíssimo que a Bazuca esteja a fazer negócios em tempo canhão.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta-feira, 8 de Junho de 2022
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