A economia das festas ...


... dos expedientes e dos parasitas.

E nquanto as elites, a quem lhes dão poder político assistidos pelo Orçamento Regional, se dedicam a explorar com a informação privilegiada os negócios, subsídios e esquemas numa economia de facilitismo e assistencialismo, o povão faz dois favores, o de se manterem entretidos sem objetivos nem ambições na vida e de se desenrascarem em expedientes e biscates. Com orgulho de povo superior, ninguém dá parte fraca da pobreza e ostentação, são todos ricos apoiando os ricos numa peça de teatro atroz. Assim, pobres e ricos estão bem casados.

Estão previstas novas pandemias porque estragamos o mundo e o PRR (bazuca) regional só serve para negócios das elites. Quando as novas crises chegarem, e estamos numa sobreposição de 4 (climática, pandémica, guerra e inflação), vamos nos enterrar mais um nadinha. A massificação do turismo não traz benefício ao madeirense, continuamos com mesmos vencimentos abusivos na hotelaria (na comunicação social são uma coisa e nas entrevistas outra), já estamos a pagar as atrações turísticas e temos uma sensação de incómodo por densidade populacional que está a destruir a ilha.

No meio disto, o povo comum, com fraca formação, dedica-se a parasitar eventos de massas, seja empresário ou "utente", ou seja, dos primeiros, negócios eventuais que fazem as melhores receitas na área da "restauração", de roulote, até mesmo quando na zona existem estabelecimentos fixos todo o ano. Este exemplo traduz bem o chico-espertismo e depois querem emprego fixo dos verdadeiros empresários... Os que têm alguma formação partem sem pensar duas vezes, os "cansados" com fraca formação (mas com alguma ambição) também partem. Ficam os enraizados com a ilusão do "Povo Superior".

Paralelamente, o madeirense come cada vez pior, o que pode, comida barata mas não dispensa a festa e a poncha, estamos a adquirir novos hábitos introduzidos de fora para sermos uns pobres obesos "americanizados". De facto da Europa só queremos o dinheiro porque, para este tipo de cultura, gostamos de América Latina e África, rigor vá de retro.

Mas voltando aos empresários parasitas e os empresários fixos, creio que os nossos políticos só respeitam estes últimos, enquanto empresários, por ornamento na vida das cidades e vilas. Concordam com outros iguais no parasitismo e oportunismo dos momentos. O interessante é que quando chegou aos Taxistas eliminaram a UBER, porque os taxistas são outros promotores da política regional da Máfia no Bom Sentido, tal como as auxiliares da Segurança Social ou as elites e suas famílias, para não falar dos dependentes de cargos de confiança, cães de fila a zelar com ódio e raiva tudo o que seja concorrência na política. Com a promoção deste tipo de dependentes deixa de haver democracia.

Para terminar, do pior! Antes havia uma classe empresarial que dominava o seu "core", a essência do seu negócio, agora temos uma classe empresarial de oportunistas da política que se aproveitam da posição para levar os apoios, negócios e subsídios num circuito fechado, onde depois os governantes, à conta do favor político, podem ir visitar para parecer que temos uma economia sustentável. Não tínhamos nem vamos ter com este assalto.

Até da economia das festas se aproveita o único hotel da Madeira, no terraço para negociatas e nos estabelecimentos promovidos, à força de jornais comprados, porque a população não tem poder de compra. Fica a festa da ostentação, economia não é.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta-feira, 29 de Junho de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira