J á há muito que os políticos da Madeira nos habituaram a farsas rocambolescas. Jardim foi sempre o mais exímio representante desse género nada sadio em democracia. O ex-presidente que, durante anos, atribuiu a culpa dos seus falhanços à Maçonaria e inventou ataques desta associação ao seu governo e à Região, declarou agora, publicamente, que apoia para a liderança do PSD o candidato Luís Montenegro, figura grada da Maçonaria Portuguesa.
Jardim sabe que foi derrotado pelos denominados "Renovadinhos", alguns deles conhecidos maçons. Então, seguindo aquela velha máxima "se não podes vencê-los junta-te a eles", como político matreiro adiantou-se a apoiar o representante da instituição que, anos a fio, combateu e insultou até em nome dos "seus" valores cristãos.
É, por esta e outras, que Jardim é um político palhaço. Faz rir assembleias e espectadores, mas sem crédito para cargos institucionais fora do seu covil. Fala mal dos diversos caminhos que os seus adversários percorreram, mas oculta o passado de alguns dos seus correligionários, ex-comunistas e da extrema esquerda. E agora, até se contradiz, num princípio que pensávamos ser sagrado para ele, isto é, a condenação da seita do avental.
De braço dado com Luís Montenegro, Jardim ainda acaba por se tornar aprendiz de uma loja, já não a Mozart onde, em 2008, Montenegro foi iniciado, loja que juntava políticos, espiões e empresários poderosos. Tudo "boa gente", no seio da qual Jardim terá também assento.
Jardim está a pagar com língua de palmo o que disse grosseiramente no passado. Mas não sejamos ingénuos, o seu apoio ao candidato maçónico deve ter alguma na manga. A seu tempo, saberemos o que Jardim pensa beneficiar.
Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta-feira, 4 de Maio de 2022
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