Imprensa "Livre" da Madeira

 

A imprensa "livre" da Madeira não tem qualquer ameaça, agora há dinheiro e os jornalistas são "acarinhados" como nunca. O problema é que os leitores espicaçam por notícias e não propaganda. Pelo Correio da Madeira tenho visto passar boas ideias para os jornalistas darem um ar da sua graça, registo mas não tenho elementos para saber se aderem às ideias.

Ameaças à imprensa livre! Onde? Na própria casa.
Ameaças à imprensa livre! Quem? Os próprios proprietários a mando do poder.
Ameaças à imprensa livre! O quê? Na fuga à notícia e na fuga ao comentário imparcial.
Ameaças à imprensa livre! Quando? Desde que foram caindo nas mãos de 3 oligarcas e do poder.
Ameaças à imprensa livre! Como? Comprando tudo e todos, tornando os jornalistas veículos de mensagem política e de interesse empresarial, vergando os funcionários.
Ameaças à imprensa livre! Porquê? É preciso manter o poder, sem ele acaba-se o Povo Superior.

Eu vejo os jornalistas mais preocupados em estar a bem com o poder e os patrões, para preservar o vencimento, do que se sente iniciativas para acabar com o controlo da informação. Eu não sinto a mensagem de Gabriel García Márquez numa terra de balão tenso com 46 anos, a acumular suspiros, por um jornalismo de investigação. Mas dizia ele:

Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte.

O verdadeiro jornalismo deve defender aqueles que não possuem voz, em vez de calá-los ainda mais. Para quando esse jornalismo que vasculha sem deixar pedra sobre pedra nesta terra, em vez da vitimização contra aqueles que anseiam por ele e que fazem critica a ver se o jornalismo se liberta? O bom jornalismo regista factos que, no futuro, serão contados nos livros e serão guardados por gerações. O jornalismo deveria escrever a cada dia as realidades que estão na base da história. Que qualidade deixarão para os futuros historiadores? Provavelmente o poder sabe que sem jornalismo não há revolução, mudanças ou alternâncias, o quarto poder não é um mito mas um catalisador, onde anda o nosso? Substituído pelas redes sociais.

O jornalismo é uma profissão nobre que carece de carácter, inteligência e ética, fundada na verdade e não no consumismo da propaganda de falsos seres providenciais. Só depois vem o código deontológico. Dizem que a imprensa é a voz dos oprimidos e o terror dos malfeitores mas infelizmente se descobriu que informação é um negócio, a verdade deixou de ser importante. Oligarcas na informação não projetam uma sociedade justa e também não alimentam virtudes que, como se vê, está em decadência na Sodoma e Gomorra do Atlântico.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta-feira, 4 de Maio de 2022
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