O s políticos madeirenses não se entendem sobre a aquacultura. A atividade é criticada por personalidades como Célia Pessegueiro, Sara Madalena e Marco Martins, que invocam os interesses das suas populações. Outros defendem e até promovem o negócio das jaulas marinhas, como o secretário regional das pescas Teófilo Cunha.
Teófilo Cunha fala em ciência, crescimento e aquacultura de ponta, mas não tem razão nenhuma. O que se faz na Madeira não é de ponta nem tem paralelo na Europa, onde a atividade é essencialmente tradicional, familiar e intensiva em mão de obra. A sustentabilidade desta produção é assegurada pelas autoridades europeias, que são rigorosas e exigentes.
A Comissão Europeia é especialmente exigente na transparência administrativa, matéria em que a Madeira falha. As autoridades regionais poderiam criar um portal online sobre aquacultura para esclarecer empresários e consumidores, tal como já acontece com o portal europeu EUMOFA (link). Porém, nada disto foi feito.
Muitas questões importantes continuam por responder pelo governo regional. Seria interessante saber, por exemplo, porque entregaram a atividade a grandes grupos (Jerónimo Martins, Ilha Peixe) e excluíram os pequenos produtores. A aprovação do FEAMPA adensa as dúvidas, porque será mais uma teta de dinheiros europeus (6,1 mil milhões de euros, entre 2021 e 2027!) para ma***.
Se os governantes são esquivos, os eleitores devem desconfiar. Políticos verticais falam com clareza e não temem o debate de ideias. Foi o que fizeram Célia Pessegueiro, Sara Madalena e Marco Martins, a propósito desta questão da aquacultura. Bem hajam por isso!
Flávio Sousa
VÍDEO: Protestos contra a aquacultura na Ponta do Sol.
- Link: A autarquia de Albufeira rejeita, por unanimidade, a aquacultura
- Link: Observatório Europeu do Mercado dos Produtos da Pesca e da Aquicultura (EUMOFA)
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