A Covid, o Secretário da Educação e as Escolas


A minha imagem deste secretário da educação é de indivíduo teimoso e ditador. Ao subir para o Governo, ao colo de famílias proeminentes da política, sentiu-se ainda mais intocável e constituiu um grupo de gabinete que tapam erros e desaforos do passado para além de concretizar perseguições políticas. Nem toco no vandalismo. Com o caso da Escola do Curral das Freiras, onde a sua secretaria foi condenada porque desapareceu com uma ata que agravava a situação, e ao não acatar com as diretrizes do Tribunal, o indivíduo secretário chegou ao estatuto de "acima da Lei". Todas estas relações do foro humano e da organização da sociedade pode dar sucesso ao chico-esperto mas a Covid-19 não.

O secretário da educação já foi irresponsável nesta pandemia mas o secretário da saúde lá conseguiu um meio termo para lhe safar a face quando, sem vacinas e noutra época festiva do Natal, não fechou as escolas mais cedo. Entretanto a opinião pública e os governos vão evoluindo a sua análise, conforme as vacinações e reforços, a par dos testes. Uns consideram a escola como a economia que é de evitar fechar e, outros, aproveitam as pausas letivas para adequá-las à gravidade dos contágios. O país optou por se colocar a par de outros países da Europa em aproveitar as festas de Natal e Passagem de Ano para fazer um semi-confinamento mas, ainda assim, o nosso governo nacional, temendo contágios nas relações familiares, decidiu "folgar" a primeira semana de Janeiro (extraindo dias das férias da Páscoa) para o vírus se manifestar. A Madeira não se moderou no Natal e Ano novo, como agora também não "joga" com precaução. Entretanto, o secretário da saúde perdeu a credibilidade e parece que a sua ascendência também findou com o irascível secretário da educação.

O Diário de Notícias desta terça-feira apresenta "o mundo do secretário da educação", a duas páginas, a par de outras notícias na TV e conclui-se que testar na segunda-feira a Francisco Franco e a Jaime Moniz produz uma generalização a todas as escolas da região. Dá-se o caricato "de se ir testando" as outras depois do regresso das férias natalícias. Passaram ideia errada de testagem antes das aulas começarem. O Diário de Notícias fez o favor de ser cúmplice dessa imagem de cosmética. No entanto, há escolas onde alunos, professores e funcionários, que estão em locais delicados, aguardam para fazer o teste por exemplo amanhã, quinta-feira ou sexta-feira. Tantos dias para atuar sobre assintomáticos do vírus mais contagioso de sempre. Os pais sentem-se seguros em levar os filhos para a escola? Esta semana deveria ter sido de aulas online para que os alunos estivessem ocupados e os casos de infeção se manifestarem. Como "Lisboa". Hoje, os números voltam a piorar e sabemos de escolas com surtos às dezenas (link) quando ainda vão testar. Porquê esta mania de fazer sempre diferente do continente, querem provar o quê? Se falecer alguém da comunidade escolar alguém se demite? Claro que já vimos que não. A comunidade escolar é brinquedo político e sujeito aos heroísmos de um "doente de carácter"?

Tenho consciência de que a procissão ainda vai no adro mas também de que o DN fez um trabalho publicitário porque, se fosse jornalismo, teria pesquisado se as outras escolas estavam também a ser testadas simultaneamente. Se calhar compensou com a notícia da Escola da Levada, na medida do possível... Este secretário é irresponsável e inimputável. Até ao dia...

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 4 de Janeiro de 2022
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