B um Duia mês crides. Não se entende como é que havendo muitos e cada vez mais pobres na Madeira e com o Pedro Calado querendo cortar os subsídios sociais e cabazes não haja o evento "Os 500 maiores pobres da Madeira". Sim, porque frangos só em campanha eleitoral, vai trabalhar vagabundo! Essa coisa de anunciar sempre os mesmos num evento de vaidades já não é novidade, agora, os 500 maiores pobres a desfilar é que era, uma grande vergonha para todos os labregos e chulinhos da Madeira, a par dos sonsos tachistas que mandam trabalhar, ladrões honrados e legais, profissionais da lavandaria.
Com um sucesso estrondoso e sem ajuda do Orçamento Regional, o Correio da Madeira pediu ao querido Lúcifer Belzebu a organização do prémio anual dos 500 maiores pobres da região, de preferência no palheiro mais nauseabundo que se conheça. Como a conta bancária não pode decidir o certame e o Calado pediu para não aceitar pobres de Rendimento Mínimo ou qualquer subsídio social, o Belzebu vai andar pela cidade a medir a altura de todas as criaturas sem lar ou que deambulam na loucura. Os 500 pobres mais altos terão como prémio uma cunha para serem encaminhados para a Secretária Vuitton da caridade e do social, a famosa echarpes a luzir. Para além disso recebem um voucher em comida já que a Segurança Social não dá nada a ninguém, ao contrário do que o Pedro Calado diz, normalmente só morto para ser considerado pobre porque sem vida não há argumentos contra. Este prémio não aceita criaturas com botas góticas e muito menos alucinados aos saltos em cima de um capô. Também estão salvaguardados os abusadores que na campanha eleitoral vestem-se de maltrapilho e vêm de boleia, de tão pobres que são e próximos do povo.
O certame, para além de medir os mais altos encolhidos da pobreza, terá como na Miss Universo um conjunto de perguntas intelectuais para ver quem se expressa melhor na pobreza, apesar dos Miras levarem vantagem na pergunta sobre o socialismo, acredito que vão chumbar as outras porque nunca se viu tanto mira pobre com carro, apartamento de luxo e acção social para os filhos. Estamos a equacionar só permitir a entrada a concurso dos lusodescendentes que não puderam sair da Venezuela. Como podem observar, esse anexo pode participar no concursos dos 500 maiores pobres da Madeira porque é tudo mais ou menos equivalente e também queremos manipular os resultados, sempre homologado pelo Governo Regional e certificado pelos Jornais do regime como notícia passível de sair. Está vedada a participação dos fingidos de pobres, os empregados da hotelaria e da construção, se valem para as 500 maiores dos ricos, não podem vir a concurso para os 500 mais pobres.
Em breve saíra o regulamento do concurso, ainda estamos a copiar partes de um concurso de emprego para o governo, misturado com uma alteração de orgânica e o discurso da Medicina Privada abusando da pública da deputada Conceição com dicas do marido.
O evento já tem local escolhido, será na nave das vacinas do Tecnópolo, praticamente um palheiro, e contará com governantes vestidos de palhaços para que os pobres acreditem que sempre vão comer alguma coisa. O orador convidado está confirmado, será o Arlindo de Câmara de Lobos, único com o dom de oratória capaz de dizer 10 palavrões em 4 palavras. De recordar que foi o Arlindo, através do seu belo discurso, que salvou os bares para a porrada (link) e os terraços das cotoveladas. Relembremos:
Que o meu espírito de Natal se derrame por todos vós.
Nota: como não há bebidas no fim da Missa do Parto, o senhor Presidente não autorizava a abertura das tascas da fonte mais cedo? Diz que o ambiente também é "contagiante": link
