Alves não convida o Pereira a jogar na Choupana?


Recorte de capa do DN - Madeira

M uito para além do Futebol, Alves e Pereira não se podem ver, no entanto, com a disputa desportiva à parte e a tradicional rivalidade, duas equipas que recebem dinheiro do erário público para existir no futebol profissional deveriam ter um entendimento comum na promoção da Madeira. Se não têm, o GR que tudo paga deveria intervir.

A situação do relvado do Campo do Marítimo, que para mim será sempre Barreiros, reveste-se de um ridículo atroz e explico. Para começar, estamos no início da temporada e se tem uma equipa de profissionais dedicados ao relvado falar de muito sol num relvado é gozo. E os campos que se queixam da fraca exposição solar? Os Barreiros tem uma atenção amadora? Como muitos relvados privados que estão melhores ou de jardins públicos que parecem o campo do Marítimo ... mas sem rega regular. O Calado é tão betoneiro que não vê isto para pegar ...

Reparem que o Marítimo está no mesmo registo da relva de alguns campos de golfe e, oxalá que um dia não se venha a saber que algum intocável tem que ser o prestador de serviços. Nessas circunstâncias, o Marítimo até pode descer de divisão que a mama não pode acabar. Vou buscar isto porque exemplos não faltam de senhores e senhoras que conseguem impor o seu interesse pessoal ao colectivo e sem contas geridas com responsabilidade. Só um exemplo, aquele que não queria helicópteros tem casa na Laurissilva com piscina ... faço me entender? Mas faz programas da Laurissilva e é chamado a toda a hora pela comunicação social, cada vez mais idiota.

Mas, esta situação do Marítimo, que tem o erário público para lhe manter o futebol profissional, terreno oferecido, construção de estádio pago e ainda manutenção atendida sempre pelos dinheiros públicos, fica com pouco para gerir. Nem o relvado? O Marítimo parece que enferma do azar dos privilegiados, o AFA também teve tudo a gosto com o mamute do Savoy mas depois veio a pandemia e, para inaugurar, foi um sofrimento, mas continua sempre assistido pelos dinheiros públicos que compram estacionamentos para a Presidência, que mandam senão todos, quase todos, os eventos nas mãos do governo para o único hotel da Madeira.

Findas estas ideias, quem se deve estar a rir é o Rui Alves, gozaram do seu campo no meio do nevoeiro, lá na Choupana, mas com as alterações climáticas ainda vai ser boa aposta. Também vê, com prazer, o rival desportivo a bater a todas as portas mas a evitar o Nacional. À medida que vamos vendo que as alternativas não foram construídas com requisitos mínimos profissionais mas, só para encher o olho ao povo (Ribeira Brava). Voltamos a detectar o instinto de facturar à louca.

Estou para ver se depois da vergonha de um estádio na Pérola do Atlântico, terra de Povo Superior, e ilha das flores receber a classificação de pior relvado da Liga, se ainda falta passar a vergonha dos rivais não se entenderem e o Marítimo ter que jogar em Lisboa, a maquiavélica terra que deseja todo o mal à Madeira. É aqui que chegamos à conclusão de que todos os títulos e prémios pouco importam, porque eles até se compram ou viciam com votos online, a virtude está em não vacilar e ter resposta nas horas de exigência que, como sempre, a Madeira estende a mão para fora. Será que a Comissão Técnica de Vistorias vai operar milagres na incompetência? A interdição vai agora até à quinta jornada frente ao Arouca, o Marítimo vai publicitar outras regiões do país? A notícia do campo da Ribeira Brava, não aceite pelo VAR, demonstra que muitos só olham para o umbigo e que o GR só tem olhinhos para alguns, quando falha, vemos a ausência de plano B e do exagero dos benefícios aos mesmos de sempre.

Aproveitando a oportunidade, quero dizer que quem viaja, conhece jardins maravilhosos por essa Europa fora e que, por comparação, a Madeira fica aquém das expectativas. A Madeira não investe nesta área porque seus governantes são uns betoneiros, apesar de ter pessoas na sociedade civil a puxar pelas ideias e a reclamar de muita coisa mas, depois ficam selados como esquisitos quando o problema é não acatarem o que dizem. A Madeira até tem um gabinete da paisagem, coisa ridícula, nas gramíneas mais rasas não conseguem manter, é campos de golfe no Porto Santo, no Santo, o campo do Marítimo, é a contínua decadência de uma conjunto que se desleixou dos ícones da Madeira. Agora somos tropicais, de mega-hoteis, de turismo de massas, enfim, só falta britar calhau para tornar areia, em mais um mega-negócio para repor a que exploraram de mais e fizeram encostas ceder ... Somos nós que atraímos os erros! E vamos pagar por isso.

Ai se aquele piso pudesse ser de betão, estava resolvido.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 25 de Agosto de 2021 10:13
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