A fantochada da democracia e da economia da Madeira

 

B om dia a todos, em especial aos que seguram esta plataforma de liberdade escassa que existe na Madeira. Espero ver atendida a publicação do meu texto.

A Madeira é um conto de fadas para aqueles que detêm o poder, político ou económico, e um miserável país africano sujeito à cleptocracia por outro, cujas consequências recaem sobre os leais, os justos e os que primam pelo mérito, completamente afastados porque são areia na engrenagem da máfia. Para a salutar vivência da máfia é preciso gente mal formada que não se importa com o futuro colectivo, o seu basta. A máfia é o conjunto de EUs.

Se tu acabas o curso e teu estágio e queres ficar na Madeira, se não foste absorvido já pela economia através dos olheiros nas universidades, então a norma é se inscrever no PSD para se tornar elegível aos melhores tachos com concursos mafiados. No Desemprego só estão os reles trabalhos da máfia, onde se ganha pouco e não se organiza a vida para além de ser insultado pelo Pedro Calado, senhor da soberba, do berço de ouro e megafone dos proprietários da democracia e do poder.

Tudo na Madeira é esquemático e é por isso, que anúncios atrás de anúncios de apoios à empresas, não se ouve falar de ninguém, um empresário comum que tenha recebido. A razão é simples, para aceder tens que ter as condições para um empréstimo e as empresas estão dilaceradas por meses sem facturar ou facturar de forma intermitente. Quem tem dinheiro e condições está na linha da frente dos sabujos da governação. Os apoios nunca tornam públicos os nomes dos beneficiários, é um assunto obscuro e haveríamos de ver que são para os empresários mais resistentes do poder que nem precisam do apoio. Pode ser para uma série deles ou até pode ser para um com muitas empresas. A fundo perdido nem preciso ocupar tempo. A construção é demasiado evidente, por isso vamos estranhar que a hotelaria esteja calada perante uma crise mal gerida através do pior secretário do Turismo de sempre mas, depois olhamos para a lista dos principais actores do negócio e percebemos tudo. Jeitos do passado ou promessas de futuro, o certo é que quem se dana são os funcionários e, no fim, haverá salvação para os empresários do poder, com toda uma Bazuca armadilhada pelo Plano de Recuperação e Resiliência regional, denunciado para quem não anda distraído e lê.

A pandemia provou que a Madeira não tem economia sem dependência do ORAM, provou a política de pobreza, subsidiação e dependência externa no turismo e nas verbas que têm que entrar. Provou que não produzimos para nos sustentar. O Orçamento Regional está capturado para manter DDT's, renovar a dívida e manter o cada vez pior expediente (simbolizado nas listas de espera na Saúde). Não há plano nem dinheiro para o futuro.

Mário Soares falou do "deficit democrático" da Madeira e teve muita falta de jeito para explicar a sua teoria que os labregos daqui viraram o bico ao prego. Passados muitos anos é que vemos tudo claramente, isso prova uma vez mais que as pessoas inteligentes e visionárias têm um triste fim na história universal. Quando falam muito cedo são condenadas e depois, de uma forma ou outra, lhes darem cabo da vida e da reputação, já ninguém recupera, é como a morte sem remédio ... Costumam manter a verticalidade até ao fim e o povão só muda quando a mentira desmorona.

A democracia na Madeira não é livre nem pertença dos madeirenses eleitores, é pertença dos Donos Disto Tudo, proprietários do Governo Regional que lá puseram, através da instrumentalização do dinheiro do próprio Orçamento Regional, que eles sim usam como querem depois de passar para o lado deles, o qual se apoderaram por um esquema de favores dos políticos que compraram na nossa democracia, dos detentores do poder executivo que têm na mão, da prioridade e sustentabilidade com subsídios, da informação privilegiada e de candidatos nas listas, por ajustes directos, concessões, contratos ruinosos, protecção contra a entrada de concorrência, factos combinados entre o poder fantoche e DDT's para parecerem bem aos olhos do eleitorado, através de toda a comunicação social e partidos comprados.

Os partidos compram-se a montante, antes das eleições, oferecendo valores para a campanha eleitoral num sistema win-win. Ambos os agradecidos, durante décadas, preencheram a política regional dos seus piores, de secretários do PSD e agora do CDS, dos que branqueiam na assembleia e favorecem na governação. Os Conselhos de Governo são no terraço de um hotel, em moradias e quintas privadas e nos gabinetes fechados onde os caixeiros viajantes escutam os desejos dos proprietários e patrões da Madeira.

Preenchido todo o governo com sabujos, ocupada a política com vendidos, enche-se a administração regional com tachistas agradecidos pelos altos valores dos vencimentos que auferem, para ocupar espaço e permitir toda a máfia de se movimentar. Como quanto mais compram mais parece o poder lhes fugir, devido à pobreza imensa e galopante, sentem até necessidade de comprar os pequenos partidos de que andaram a gozaram, e estes, felizes, ocupados por outros que gostam de migalhas, aproveitam a oportunidade que a política "não representativa" lhes dá para chegarem ao tacho que lhes organiza a vida.

É problemático se votar numa democracia propriedade dos DDT e de políticos sujos, se encontrares alguém decente vota nele, é a única esperança e muito vão tentar sujar, basta-lhes olhar para a própria vida e escolher.

Quando a máfia se estampar, o madeirense encontrará não uma Madeira Nova mas uma Madeira em ruínas, com os verdadeiros números, os esquemas expostos e uma mortal dívida para um século, 3 gerações a trabalhar para pagar. Agora, aproveita e continua distraído.

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Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 10 de Julho de 2021 09:28
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