A representatividade

 

É impressionante verificar a representatividade e pujança destes partidos pelo número de votos.. Um acto eleitoral disputado a dois consegue trazer 49 para um lado e 39 para outro, 88 no total. E agora 49 vão trabalhar e 39 vão ficar ressabiados, os 49 que arranjem votos para a coligação. Um indivíduo popular, consegue reunir este número de pessoas para uma festa, um partido que vai fazer uma coligação pelo Funchal parece que pouco vai acrescentar mas será muito prendado de benesses. Estes partidos pequenos são veículos de emprego e subsídios mas não de representatividade.

Em tempos, já tinha achado que os números das internas no PSD eram do tipo a montanha a parir um rato mas pelos vistos, todos estão iguais e são as benesses que depois atraem muitos, por promessas, empregos e convites nas eleições extra partido. O interessante é que para ser candidato do partido do poder tem que ser convencido por uma benesse pública, resta saber se o indivíduo de Santo António, em fim de mandato por questões legais se também será compensado depois da boca nos jornais. A política é cada vez mais um emprego mas o nosso vice presidente manda bocas ignóbeis aos desempregados quando é esta a realidade dos partidos. Afinal os desempregados ainda têm dignidade por não ir pedir emprego aos partidos em vez de ir para o Centro de Emprego.

Ainda sobre estas questões de representatividade, temos a célula mais pequena, o candidato e a sua capacidade de mobilização. Já todos sabemos que há alguns com muita língua mas que não vão a votos porque ninguém os grama mas, há outros que ainda não sabem quanto valem para além da sua exposição mediática. Parece que o PSD em Santa Cruz anda assim de mal.

Para terminar, dizer que a democracia nos partidos vai sempre fraccionando partes mais pequenas, quem perde não é envolvido por quem ganha e assim sucessivamente. Os partidos tornam-se cada vez mais pequenos e menos representativos. Isto é especialmente interessante porque afinal dentro dos partidos ninguém se entende, quando deviam. Sucedeu no PSD, no PS, no BE e mais não me apercebi.

Para todos eles, que sorte estarem na política e não receberem bocas como os desempregados. Querem ver que algum deles consegue reunir mais família do que votantes nalguns partidos?! Alguém ligava ao Pedro Calado sem o betão e o poder por trás? É outra boa de se pensar ... Mas, e todos aqueles que vociferam como uma grande potência quando afinal são mais pequenos do que alguns grandes concelhos no continente? Há gente sem representatividade para o barulho que faz mas benesses levam sempre por um mau serviço à população.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 7 de Junho de 2021
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