Obscurantismo na Saúde!


Assistimos nestes  anos ao desmontar do serviço público de saúde ...

... mas, nos últimos 40 anos o serviço público de saúde e nomeadamente, o hospital Central do Funchal, serve mais a grupos organizados e até à uma medicina de consultório privada, que o utiliza em proveito próprio: os seus clientes privados, são os clientes da estrutura pública, um "ping pong" vergonhoso.

Não faz sentido; é inaceitável que o contribuinte de um serviço público de saúde, defendido no primado da Constituição da República Portuguesa, seja por falta de capacidade de resposta, do serviço público que financia, obrigado e até empurrado para serviços privados, que funcionam em pleno estado de proxenetismo com o sector público.

Não interessa a ninguém, e em especial, quem ganha com um SESARAM gerido à "roda-da-pedra", uma empresa pública que funcione de forma organizada, produtiva, antes pelo contrário, contribui para a anarquia e uma saúde medieval de tudo ao "monte e fé em Deus".

O que interessa agora a uma claque amarelada, mofenta, incompetente mas gananciosa?

A contínua existência de altas problemáticas, de taxas de ocupação de camas por doentes, prolongadas, de listas de espera em crescendo, da destruição da identidade de serviços, uma aposta na mediocridade absoluta, a suprema ineficiência e paralisia do sistema.

Um governo que nomeia gente sem habilitações nem competência específica, atendendo ao objecto social da empresa, tem o objectivo de manter o SESARAM em estado catatónico, o ramalhete laranja sabe o que faz. Mantém um faz de conta num profuso de show off mas ... nada se faz, basta ver os índices de produtividade e a abstinência ao serviço, dos que aparecem apenas quando lhes dá na telha.

Com 20 mil em lista de espera, quando se diz a um utente cego de um olho que a catarata, do seu único olho, não é urgente operar, entre muitas e demasiadas bocas que mandam aos utentes, num atendimento vergonhoso, ainda consegue piorar na referenciação dos centros de saúde a doentes cardíacos operados, que precisam de ser novamente referenciados: anedótico e trágico.

Prevenções, PRCs, horas extraordinárias, urgências, tudo pago a peso de ouro, mas onde muitas vezes Impera um laxismo doentio: o doente fica entregue a sorte mas também aos "muitos" poucos enfermeiros: dois ou um AO para uma noite com 33 doentes, alguns exilados e em serviços que não são os de referência, a tal gestão saloia de cama vaga.

Como se admite serviços com camas ocupadas por um cocktail de especialidades? Uma aposta clara na negligência grosseira, já que se aposta nos profissionais "do faz tudo' mas que nada percebe do assunto específico, uma aposta em departamentos de" Muitos, Vários, Diversos"; uma aposta ridícula e medieval, de gestão por cama vaga, nem que a cama esteja situada nas caldeiras.

Com esta gente a gerir um SESARAM, em breve teremos sim, um hospício ou um albergue na saúde, mal cheiroso e pútrido, onde o óbito mais frequente será por distracção, omissão e negligência ... por ignorância.

É inaceitável, que não se aposte na diferenciação e na especialização, assim como na experiência profissional do capital humano, em especial na saúde, onde esta aposta acrescida de formação contínua, contribui, para o abrir do olho clínico em profissionais de excelência. A gestão por cama vaga, só a faz quem de saúde nada percebe, e isso está muito claro, nas avaliações ao desempenho do SESARAM.

Julgo que em breve, e a se manter esta filosofia organizacional, focada no caos, o novo hospital Internacional da Madeira será um monstro de betão, onde ser atendido e mandado para casa morrer, será tão natural ... porque se torna já um hábito.

Se não muda o modelo de SRS e se alargam os vectores assistenciais, então de nada serve uma nova estrutura que herda maus hábitos levados pela mão de profissionais, os tais que se julgam donos da saúde e das pessoas.

Os laranjolas nomeados que tenham em atenção não só o hospital, vejam também as empresas públicas, as SDM e estejam atentos aos zombies, eles manipulam em benefício dos DDTs. A saúde nunca seria excepção, porque a teta é uma das maiores, tão grande como a teta da EEM, que alimenta muitos, basta ver a extensa lista de pagamentos sem resultados.

O povo madeirense, a bem da sua saúde primeiro, tem de ser operado às cataratas e à cegueira provocada pela governação laranja.

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Domingo, 6 de Junho de 2021 14:25
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