De tempos a tempos, deve-se mudar as "moscas"

 

N o passado domingo dia 28 de fevereiro saiu no CM, pela primeira vez de forma pública, a situação das moscas no Porto Santo. Daí para cá, a comunicação social pegou no assunto e tornou-se matéria fora da lei da rolha. Sou do Porto Santo e a quem escreveu e quem publicou o meu obrigado. Aos que andam por cá a servir de jornalistas mostram que são censores e não pessoas da notícia.

A sério que não entendo a lei da rolha, é para evitar culpados? Afinal o que está à frente, a Saúde Pública ou a posição de alguns. Durante todo este tempo em que a situação se agrava, a câmara municipal, o responsável pela saúde e o governo regional mantiveram-se calados. Só existe Covid com outras doenças a se potenciarem. Poderiam estar em silêncio e fazer alguma coisa mas nem isso. Ir à procura do motivo e saneá-lo.

Sou da opinião de que a razão para o aparecimento de tanta mosca é do lixo acumulado, coelhos mortos teriam que ser aos milhares e dispersos, seria outra catástrofe com insucesso na repovoação. Os coelhos são uma razão menor ou inexistente mas, assim que a senhora Prada repensar no que implica, vão mandar calar essa razão.

O lixo acumulado é para mim a principal suspeita, mas como em tudo, são sempre os mesmos a lidar com os assuntos, evitar os coelhos para apontar ao lixo só vai apanhar com a lei da rolha pela frente. É lamentável que tudo seja segredo de estado para proteger a inacção de alguns. Contudo, o que importa agora é que resolvam.

Uma infestação de moscas representa um grande risco à saúde. Pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia identificaram cerca de 351 tipos de bactérias que uma mosca doméstica pode transportar, as quais podem causar salmonelose, diarreia, febre tifóide, ou seja, as moscas podem disseminar mais doenças do que você pode imaginar. (...) As fêmeas procuram matéria orgânica em decomposição, resíduos alimentares para colocarem seus ovos, como fezes, lixo, alimentos estragados, ambientes com longo tempo sem limpeza, “pontos mortos” em equipamentos, tubos sujos e cadáveres de animais. As moscas precisam de apenas alguns segundos para transferir os microrganismos para a superfície.

A economia do Porto Santo está de rastos, estão a colher o que semearam. Se a razão das moscas é o lixo, então o resultado deve-se a inexistência de ferry por dois meses e pelo facto da ilha não ter meios próprios para tratar do lixo. Sinceramente, acho a solução em prática boa, porque o Porto Santo é pequeno e mostra que o serviço ferry é necessário mesmo com déficit. Agora coloca-se outro facto que também têm escrito no CM, como justificar a dualidade de critérios com ferries.

O lençol de justificações está a ficar cada vez mais curto e o problema está na lei da rolha que não deixa tratar dos assuntos em tempo real. Fica o meu obrigado a quem tornou a situação pública para que se resolva. É útil ter uma vacina anti lei da rolha.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 3 de Abril de 2021 12:03
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