A s famosas, mas esquecidas, piscinas do Garajau foram assunto de notícia durante esta semana devido à divulgação de fotografias publicadas no Facebook. O estado avançado de degradação das piscinas despertou a atenção da comunidade, o que rapidamente resultou em vários tipos de comentários.
A maioria dos comentários estava relacionada com memórias de dias felizes e bem passados, contudo, destacou-se a presença de certos iluminados que decidiram politizar a situação, da mesma forma que o fazem com tudo o que acontece no quotidiano.
Dependendo da preferência política, há iluminados que culpam o Governo Regional e, outros a Câmara Municipal de Santa Cruz, pelo suposto abandono das piscinas. O que estes desconhecem é o facto de a propriedade ser privada, isto é, de não ser da competência de nenhuma das entidades.
Destacam-se de imediato duas figuras. O primeiro, o senhor do costume, pertence àquele partido não mais mencionável, um cavaleiro branco e robusto que, na sua completa ignorância, afirma que o município não investe em infraestruturas naquela zona do concelho. Costume também não deixa de ser a constante figura de parvo pois já é de conhecimento geral que a sua escrita é caraterizada pela falta de fundamento, reinando o “escrevo o que quero e o que bem me apetecer”.
A segunda figura que se destaca trata-se do ex-futuro candidato nunca eleito e renegado antes do ato pelo próprio partido. Este até aborda o assunto de uma forma mais neutra e sensata, optando por chamar a atenção das entidades por meio de uma petição publica patrocinada pelo seu novo partido VOZ (pois, também nunca ouvi falar). Esta ação, apesar de passiva e cordial, não deixa de roçar o lamentável visto que, num ano fortemente caraterizado pela pandemia e toda a restruturação económica necessária, a reconstrução de umas piscinas não se encaixam como prioridades quer seja para a Câmara, quer seja para o Governo.
Esta última ação vem disfarçada de uma campanha eleitoral do seu desconhecido partido com o objetivo de mostrar à população que estes sim ouvem e dão voz ao povo, levantando questões tão importantes e pertinentes como a reconstrução de uma piscina.
Claro que estes pouco ou nada querem saber desta obra (tanto estes como o cavalo branco mencionado a cima) pois só querem tentar usar algo, por mais mínimo ou insignificante que seja para ganharem votos nas eleições que se avizinham. São estes que há uns tempos atrás criticaram os seus oponentes por fazer obras nas mais diversas partes das ilhas, enquanto podiam estar a ajudar os mais necessitados em ações sociais, mas realmente a reconstrução de uma piscina é algo de máxima urgência que requeira petições públicas e revolta.
Levantar questões como a crise social e económica que se vive e soluções para as mesmas cá nada, isso dá muito trabalho e requer um estudo aprofundado, algo que qualquer um vê que falta nestas duas figuras disfarçadas de salvadores da pátria.
A solução é simples! Estão incomodados com o estado das piscinas? Contactem o proprietário e ofereçam-se para limpá-las. Só ele tem o poder para solucionar a situação. Quando a minha casa está suja, toca-me a mim limpá-la e não a terceiros organizar petições e chamar a atenção de entidades públicas para que o faça.
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