O lá CM, bom dia leitores, só escrevo para quem deseja ver esta terra a evoluir e sair da cepa torta, não vos tiro muito tempo. Há muita gente apreensiva e sobretudo indignada sobre como se gerem as compras e adjudicações no Governo Regional. Um governo, todo governo, toda a gestão da coisa pública deve ser para todos, assente num discurso que parte desde o interior dos partidos, que havia no passado, onde o vencedor estendia as mão aos perdedores e assumia-se o Presidente de todos, militantes ou naturais da região ou do país caso fosse eleito.
No que concerne à Madeira, mais uma vez, partimos de uma situação que não era transparente nos tempos do Alberto João e que o seu carrasco prometeu fazer melhor, o mentor da Renovação e seus pupilos, mas que fazem ainda pior. É cada vez mais necessário avaliar as pessoas e não ir naquilo que dizem, sem dúvida que estamos numa era de mentir para conseguir o poder. Quem quer poder tem malícia e desonra, não se guia por postura idónea, contudo, os eleitores ainda avaliam as propostas como sendo verdadeiras. É o princípio do engano.
À vista de todos, sem qualquer pudor, cada vez mais sabemos (reparem que já não digo adivinhar), a quem vai ser entregue uma obra, uma adjudicação, uma concessão, um emprego, uma nova lei ou regra adaptada, um tacho que se cria, e ficamos a ver os contornos que os ardilosos criam para consumar. O que ouvimos de Ivo Rosa na sexta-feira é a aplicação prática na Justiça daquilo que muitos corruptos já executam e deveriam ser condenados. Explico, exploram a legislação para nos seus omissos ou dúbios tornear os objectivos do legislador. Assim se conseguem dois objectivos, uma legislação de retalhos com montes de alterações que vão sendo anunciadas como adendas à lei principal e que matam a verdade e a própria lei mas também um caminho sinuoso e imperceptível para advogados que, a peso de ouro, conduzirem criminosos de colarinho branco ao sucesso.
Hoje no DN, verificamos que mais uma vez a obra do Hospital Novo consuma novo passo para gastar mais dinheiro mas que, nem por isso, representará melhor serviço na vigilância, porque tudo está urdido até por fundamento de lei feita na ALR. É de cair para o lado vermos ribeiras a jorrar terra líquida, observar como se silenciam jornais na questão das pedras, comprando quem os expõe e como nada disto tem limites. Agora, o Ambiente da senhora mortandade das espécies e da agressão à Laurissilva, a mesma indignada com os que defendem a natureza, consegue deixar nas mãos das construtoras onde fazer aterro e onde extrair pedra. Vergonhoso! E mais, sem qualquer debate público, a construtora protegida já diz que sabe onde vai colocar um milhão de metros cúbicos de terras mas atenção que são mais do dobro em todo tipo de materiais (entulhos, etc.), 2.270.000 de metros cúbicos. Prenúncio de desastre! A secretária, por seu turno, foi surge no fait-divers de plantar árvores para secar, nos moldes e esquemas de sempre, cobertos pela comunicação social que é cúmplice neste jogo. Quero contudo alertar para a coragem de alguns jornalistas, sem eles, pouco se poderia saber.
Já noutra matéria, nos testes rápidos, não há muitos produtores e o produto não varia tanto, ou seja, é uma área em que o preço deveria ser claramente a condição de escolha do vencedor, no entanto, a impunidade e a rotina nesta atitude lesiva que gerir mal os dinheiros públicos, focados em interesses sectários, leva-nos uma vez mais a verificar que continuamos a ser enganados. Não existem boas contas com bancos que não nos dão crédito. Não existe superavits a gerir assim, não existe bons gestores sectários e lobistas, não existe Autonomia a mando de DDTs e vergados à dívida, tudo isto é um grande embuste. Já pagamos demasiadas vezes e por valores astronómicos mas continuaremos na senda de novas surpresas a pagar, ainda mais porque temos um bando de ladrões a achar que o dinheiro público não pertence a ninguém, mas pertence, senão não nos encaminhavam as facturas, destruindo as nossas vidas.
Domingo, 11 de Abril de 2021 08:56
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