Tirar a batina para descer à nossa terra

 

N ada como tirar a batina para sentir o verdadeiro trato, uma forma de perceber porque surgem os pecadores nos pata-rapadas. Com um olhar sobre a história da igreja na Madeira, ao longo de décadas, podemos ver como o clero não se envergonha por andar calado perante um povo a empobrecer e o poder a enriquecer. Parece que a caridade também alimenta a frequência como na política, o sofrimento leva a Deus.

Se a igreja quisesse ser independente não aceitava obras do GR e emitia opiniões em favor dos crentes em vez de omissões. Se fossem mesmo independentes não haveria sermões políticos perto das eleições nalgumas igrejas e veríamos punição por divulgar a palavra política em vez da palavra de Deus.

Se Ivo Rosa fez um excelente favor para desacreditar de vez a Justiça, também as bocas que acusam os mensageiros da mudança são bem exemplo dos que passam ao lado das perseguições que são feitas nesta terra, no emprego, nas famílias, com a Justiça, etc. O clero não fala da corrupção anónima, não fala de 6000 milhões de dívida sem culpados, não falou dos perfis falsos, falou da opinião anónima. Qualquer dia só acredito na minha família. Porque vejo gente, que pelo menos não deveria ser injusta, a se exibir como outros, sabendo o poder do opressor que premeia por isso. Atacar a opinião anónima, sem egos nem ambições, em vez de atacar o que lesa mesmo a nossa sociedade é falta de foco. O que gera a contra-resposta da opinião anónima?  A opressão, o silenciamento, a injustiça, a perseguição, etc.

A Igreja dos nossos dias não esconderá perseguidos como no passado? Que fazer aos anónimos da Bíblia? Os quatro homens que levaram o paralítico até Jesus; o menino que deu 5 pães e 2 peixes, sem eles não haveria uma cura nem o matar da fome. Nalgum tempo, ainda se estudava a importância de vários personagens bíblicos que em diversas épocas trabalharam no anonimato. Naquele tempo também havia perseguições e actuaram da mesma maneira ... quem sou eu para contrariar a Bíblia.

A indiferença é um acto de defesa por alheamento, o anonimato é indignação e participação na medida do possível. Alguns não vivem nesta terra nem sabem que são uns privilegiados. Por este prisma, de diabolizar a atitude de opinar anonimamente, tantos combatentes na clandestinidade ... por uma diferença de forças abismal com o opositor ... sofrem de cobardia? A Resistência na Segunda Guerra Mundial foi covarde? Os hackers da era moderna que desvendam grandes esquemas são todos seres sem sentido de justiça e lealdade? E quem acusam e quem inocentam? A estratégia contra forças abismalmente descompensadas é tornada pecado num ambiente de comunicação social controlada? Os escritores, poetas ou jornalistas com pseudónimos devem ser encarados como quando não queira ou não possam assinar suas próprias obras?

A clero que não moderniza a mensagem da Igreja nem reconhece os tempos que vivemos. Hoje em dia e a exemplo da sexta-feira passada, tenho medo é dos "honestos" e dos "puros". Há muitos anónimos que fazem acordar os madeirenses, há outros não anónimos que adormecem. Desprezam a opinião anónima porque expõe a inutilidade de algumas entidades nos desafios actuais.

Começo a achar que o anonimato responsável é o antídoto até para aqueles que têm o palco da palavra mas não podem dizer o que sinceramente lhes vai na alma.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 11 de Abril de 2021
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