A intenção, tornada pública pelo Secretário de Turismo e Cultura, Dr. Eduardo Jesus, de distinguir publicamente pessoas e entidades que contribuíram de forma relevante para a cultura, um género de globos banhados a ouro da Venezuela, levantou uma nova onda de críticas dos mais diversos quadrantes, sobretudo nas redes sociais, onde cada vez mais a falange de vozes dissonantes contra a SRTC, e a DRC aumenta.
Após um ano, em que sector cultural foi um dos grandes prejudicados, pois o mercado praticamente desapareceu, eis que surgem mais iniciativas vazias, ao bom ao estilo da Paz La Feria, para estourar o dinheiro do erário público e meter algum no bolso.
Esta gala pandémica, que promete, segundo palavras do sr. Secretário, tornar-se anual, atribuirá diversos prémios, que ainda não tivemos acesso aos seus vencedores, mas graças aos nossos contactos, infiltrados na Quinta das Angústias, as simpáticas Sissi e Dama, nos desvendaram os nomeados, que estão num envelope selado a sete chaves numa gaveta cheia de pó, no quarto remodelado pelo arquiteto Barbosa e seu adjunto Zélio, onde o acesso é praticamente impossível ao mais comum dos mortais, com mais códigos Delta que os cofres do AFA.
Segundo a Sissi e a Dama, o júri desta Gala Pandémica será constituído por figuras de renome do meio sociocultural madeirense, como a ilustre Maria da Paz (que acumula nomeação com cargo de presidente do júri), Teresa Brazão (Vice Presidente do Júri), Miguel Pires (que acumula nomeação e Voto Minerva) e Eduardo Jesus (Suplente).
Os nomeados, sem concorrência, nas mais diversas categorias são:
Vasco de Freitas (na categoria Prémios Casino, Revelação e Backing Track); Miguel Pires (na categoria Prémios Lata, Subsídio e Melhor Sótão); Vânia Fernandes (na categoria Prémios Funchal a Cantar, Vibrato e Criança ao Colo); Nini Andrade (Prémios Savoy e Volta ao Mundo); Miguel Albuquerque (Prémios Rosa Negra do Arco, Pianista de Comícios e Alberto João); João Carlos de Abreu (Prémios Afilhado, Criamamar,); Jorge Conduto (Prémio Calote); Pedro Afonso (Prémio Testa de Ferro do Ano); Maria da Paz (Prémios Comissão do Ano, Porta do Cavalo, e Miss Gin Ateneu); Nuno Morna (Prémios Crítico Inofensivo do Ano e Humorista Sem Piada); AFA (Prémio Chupista do Ano); Eduardo Costa (Prémio Manoel de Oliveira); Delta Som (Prémio Saco Azul); Sousas (Prémio Titanic); Dário Silva (Prémio Milhão do Ano e Bebe Chorão)
Aos vencedores será atribuído um brasão em ouro, com relevo de menino Jesus, com duas pombinhas da paz em cima dos ombros, com pires Vista Triste como suporte.
Brincadeiras à parte, a SRTC e a DRC já não sabem onde aplicar os dinheiros públicos, andam todos baralhados, e então toca a encher chouriços, nestes eventos sem conteúdo, como este “Galada”, e como são os “Screaming” Sessions, as Visitas “Decantadas” e o Made in “Mamadeira”.
É lamentável que este pedaço de terra à beira mar, esteja cada vez mais miserável de valores de toda a espécie, e se deem guarida a Assassinos da Cultura, ao passo que os artistas, que não são só música, andem a penar pelas ruas da amargura. E tudo à vista do Povo, que assiste, impassível a esta derrocada diária.
Visto que ninguém dá a mínima importância aos efeitos trágicos que resultam das agressões culturais que vêm sendo feitas por cá há imenso tempo, continuarei, com toda a força e apoio, dos que me rodeiam, a lutar até onde for possível para impedir este descalabro cultural, este assalto ao erário, perpetrado em nome duma cultura podre, por esse bando bem referenciado.
Acabem com esta alarvidade, e por favor deixem de vender cultura mutilada em retalhos de entretenimento.
Deixem a Cultura em Paz!
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Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 2021 03:03
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A Cultura como os negócios, propriedade de alguns do Povo Superior.
