O litígio sobre as inspeções automóveis na Madeira continua vivo. O Governo Regional já foi condenado por favorecer os amigos Henriques, mas ainda não cumpriu as decisões dos tribunais e a empresa lesada CIMA vem, por isso, pedir a sua execução. Uma das questões discutidas é o montante da indemnização, ou seja, o tamanho do calote.
A CIMA pede o pagamento 19,5 + 6,6 milhões, quantias que o governo regional contesta. Em janeiro de 2021, foi já decidida uma indemnização inferior por causa legítima de inexecução, mas prossegue o pedido quanto aos restantes danos. A lesada exige, entre outros valores, os lucros que deixou de receber ao longo destes mais de vinte anos.
O cálculo destes lucros cessantes é complexo no caso das inspeções automóveis. Sabemos que o negócio é uma verdadeira mina de ouro e que os valores divulgados pelos Henriques ficam muito aquém da realidade. Suspeitamos também que parte desses lucros resulta das reinspecções fraudulentas. Há, porém, uma certeza: o calote será, mais uma vez, pago pelos contribuintes.
Todos os elementos enviados pelo autor, Flávio Sousa.
