As obras, essas não podem parar ...

 


A no após ano vejo a maior parte da fatia do orçamento regional para obras públicas, uma sociedade para evoluir, os principais investimentos têm de ser na saúde e educação. Dou por mim a “discutir” com pessoas em que o argumento é só um “antigamente levava 6h de carro para chegar ao Funchal”, isso era nos anos 90, no presente nem 1:30h de carro levamos a atravessar a ilha de Este - Oeste ou vice versa, parece que queremos bater recordes “com este túnel/estrada poupa-se 15mn de carro” no entanto estamos no pódio das regiões com maior percentagem de pessoas em risco de pobreza e analfabetismo do país. 

Vejamos o exemplo da costa Norte, não existe uma freguesia em que a sua população tenha aumentado com a passagem da via-rápida (não estou a dizer que não seja importante a via-rápida), o problema é e depois? Educou-se “à medida”, agricultura dependente de agroquímicos miseravelmente paga e com ajuda de raticidas.

 A Educação do betão agora tem sede no Norte (São Vicente e Santana) já que no sul foi tudo saqueado, até o peixe e as lapas (muito por consequência desse betão) agora são as Jaulas, não aprendemos nada com os maus exemplos?

Na Saúde ... dizem que todos os profissionais estão empregados, um dica – os enfermeiros que tão mal foram tratados, ano após ano, acabavam o curso e alguns conseguiam trabalho precário, a recibos verdes, outros nem isso e acabavam por emigrar, que tal convida-los a voltar com contratos, condições, e pagamento justo? (muitos seguramente gostariam de voltar à terrinha, e com as novas burocracias na Inglaterra, vistos e afins, era de aproveitar...), nem me falem em não haver orçamento para isso, obras não prioritárias não podem avançar, e quanto ao argumento de que “são 60% a fundo perdido da Europa”, a perspetiva tem de ser ao contrário, são 40% que Região tem de canalizar para a Saúde ...

Neste momento temos o Covid, mas num futuro próximo serão o aumento de doenças mentais, cardiovasculares e de foro oncológico que neste momento estão em segundo plano, sem falar do “bournout” dos profissionais de Saúde... 

PS – A construção do Novo Hospital está a ser adiado até não haver montanha por esburacar ou Laurissilva por alcatroar, tipo reforma dos DDT ... é isto que queremos? 

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 26 de Janeiro de 2021 20:38
Todos os elementos enviados pelo autor. Imagem CM.