Os Cinco e a granada de mão

  

J úlio, o jovem com mais bom-senso; Ana, uma jovem muito prática; David, um jovem brincalhão; Zé, a maria-rapaz; e o cão Tim, confinados no Reino Unido, procuram realizar o seu sonho de ver a passagem de ano na Madeira. Este ano é que é, porque no Atlântico de onde só saem pérolas há inovação. Se não podem viajar para ver o fogo ... o fogo vai até eles. Tal e qual como se fossem madeirenses na Madeira. 

Munidos de uma TV portátil e uma geradora procuram desesperadamente por um quadrado onde possam caber Os Cinco num terreno de pasto, de tanto andar já vão no País de Gales. Eles sabem que aquela terra africana é de humores, contagiavel a longa distância, depende do pé com que se levantam, uns dias dá para insultar, outros dá-lhes para fugir ao fisco no CINM. De maneira que, instruídos pelo Tio Alberto, personagem muito distraída, levam cada um ... uma granada de mão para enfrentar o Rally Paper inventado pelo Governo da região africana, para dar mais pica a ver o fogo. A Tia Clara, caracterizada pela sua bonomia, só anima, credo que exagero, eles são pacíficos e têm sempre tudo controlado, até o Covid-19.

Pelo sim ou pelo não, entre o Tio Alberto que é um narrativas eleiçoeiro e a Tia Clara do núcleo do PSD em Londres, Os Cinco seguiram o conselho dos dois passageiros ingleses retornados, sem apelo nem agravo. Cada um, pacificamente, levará uma granada de mão, ou para defesa pessoal ou, sentindo-se confortáveis, para participarem no espectáculo pirotécnico, este mais ao nível do solo, inovação nunca experimentada na região das pérolas. Os Cinco sabem que o fogo de artifício da Madeira é o mais, melhor, bom do quero mando e posso, por isso não fizeram por menos e levam com orgulho as granadas de mão, de certeza que ninguém tem!

Quando só faltava um dia para virtualmente virem para a Madeira, Os Cinco vêem o título das metralhadoras do DN, para garantir segurança ao livro aos quadradinhos que o Eduardo montou no Funchal, terra de terrorismo político, vão trazer mais novo mundo da América Latrina ao Funchal. Dizem que aquele desgraçado povo africano dava mostras de insegurança, com portas de garagem em vez de montras, vandalismo e roubo mas que agora o marketing passa pela anedota. Os Cinco, sempre no Reino Unido para assistir como os madeirenses à passagem de ano, decidiram contratar uns mercenários para fazer vigilância e segurança ao seu quadradinho. As trincheiras foram cavadas esta manhã mas, mal tinham acabado, o Malato caiu lá dentro em directo. Recebeu fitinha amarela porque é só Covid-RTP-M, variante que não tem share.

E pronto, hoje Os Cinco vêm virtualmente para o Funchal, o Rui Abreu - influencer do GR - até vai recebê-los de bata azul e máscara de pato e o Pedro Calado vai fazer como a Rubina, com os seus muchachos da RTP-Covid, vai se posicionar para dizer mais tretas desde que mostre que é íntimo dos Cinco a passar por trás. Rato, Albuquerque já descobriu a fonte da popularidade dos dois primeiros, desistiu de inaugurar mais uma estrada de 10 metros da Protecção Civil e vai para o aeroporto dar formação na colocação da máscara.

Alguns no GR sabem que a viagem é virtual mas não avisaram os caça-popularidade, deixaram assim porque sempre aliviam a cabeça por umas horas.