Uma ilha com tantas qualidades nas mãos de todos

 

O CM tem estado na linha da frente dos assuntos do mar que realmente interessam e não me passou em claro a situação de podermos não ter qualquer navio de cruzeiro na nossa passagem de ano. Impressionante, apesar da pandemia, o nosso maior cartaz turístico ... vale zero? Não consegue atrair cruzeiros e muito menos se compor? O espectáculo pirotécnico sem navios não cumpre com a tradição. Há qualquer coisa a se servir fria em relação a incapacidade da Madeira saber tratar bem a indústria dos cruzeiros. Mas também dos ferries, dos portos, dos estivadores, dos espaços e condições nos portos, da promoção, da lota desenquadrada, da qualidade dos quadros e da boa educação, sobretudo na "segurança".

Na mesma edição do JM, a de hoje, acontece algo macabro. Primeiro, vem duas páginas de folclore por mais um título da Madeira como melhor destino insular do mundo, lá está o publicitário do costume, o senhor Jesus. Mais à frente, em menor destaque, a "Madeira nas mãos das Ilhas Canárias". O melhor destino insular do mundo nas mãos do arquipélago vizinho que nem sequer figura. O Turismo anda como a governação, muita propaganda, pouca realidade. Como os apoios às empresas, uma catadupa de anúncios sem acessibilidade ou elegibilidade. Um apoio, em si mesmos, porque é empréstimo onde alguns lucram ainda mais e sem risco, para outros arriscarem com garantias pessoais de uma vida. Este paralelismo de hoje é mortal e parece a história da cigarra e da formiga.

Agora estamos "nas mãos das Ilhas Canárias", quando já estamos nas mãos da banca, de Lisboa, dos rattings, dos Donos Disto Tudo, da velhada do PSD, dos Renovadinhos e da incompetência do tachismo. Estamos nas mãos do turista que foi escorraçado na imbecilidade do medo que mandou fechar. Que letargia esta de um povo em alegoria da caverna? Medo do quê?

É este lugar onde reside o povo superior que ameaça com independência? O mesmo que vota sim-não-sim? O que fala grosso. Tanta bomba para rastilho tão curto. Onde andam os espertalhões das jogadas políticas, dos berros na assembleia, das coligações pré eleitorais sempre negadas, dos que opinam o futuro mas sempre em bom tacho e com empresas de sucesso artificial, subsidiadas e em assistencialismo. Onde andam os resultados das estruturas pesadíssimas mas perfeitamente inúteis?

O que sei, é que não temos governação mas também não temos sucessor. Estamos na dependência total e nas mãos de todos. Se vem dinheirinho sabem governar mas, na hora da verdade é uma tristeza. A Madeira é uma moça com tantas qualidades que nem sabe como foi dar em ....



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Enviado por Denúncia Anónima
Sábado 28 de Novembro de 2020
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